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As fronteiras Amazônicas: dinâmicas populacionais pensadas a partir do estudo de estratégias de sobrevivência familiares em três áreas urbanas da Amazônia brasileira

Texto completo
Autor(es):
Thais Tartalha do Nascimento Lombardi
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Roberto Luiz do Carmo; Álvaro de Oliveira D'Antona; Marta Maria do Amaral Azevedo; Ana Cláudia Duarte Cardoso; Maria Isabel Sobral Escada
Orientador: Roberto Luiz do Carmo
Resumo

Um conceito que parece ser constantemente aplicado à Amazônia é o de fronteira. Da primeira expedição pelos grandes rios da região até as controversas construções de usinas hidrelétricas, a Amazônia, enquanto bioma e região, é pensada como uma fronteira. No entanto, seria a fronteira uma boa lente para se pensar e compreender a Amazônia? E sendo a fronteira a ótica adequada para se olhar para a Amazônia, quantas lentes poderia ter a fronteira para que melhor refletisse a realidade? Para tentar responder essas perguntas esta tese reflete sobre o conceito de fronteira e sobre a pertinência de usá-lo como instrumento para pensar dinâmicas populacionais na Amazônia brasileira. Foi feito um recorte temático cujo foco foram as mudanças na composição e estrutura etária da população vis-à-vis o processo de urbanização, estudadas a partir das estratégias de sobrevivência das famílias. Como recorte metodológico e espacial foi escolhido um estudo comparativo de três áreas urbanas na Amazônia brasileira, todas na porção oriental da mesma, e foram feitas análises descritivas e aplicadas técnicas de análise multivariada, numa combinação de dados censitários e dados de surveys conduzidos nessas áreas. Havia a hipótese de que as famílias ¿ imersas em um processo mais amplo de mudanças na composição e estrutura etária ¿ estariam colocando em prática diferentes estratégias de sobrevivência como resposta às dinâmicas econômicas e de ocupação do espaço. Os resultados confirmaram esta hipótese e identificaram três diferentes classes de estratégias de sobrevivência familiar que mesmo vivenciando níveis e ritmos similares de mudança na estrutura e composição etária fazem com que as famílias respondam de maneira particular a tais mudanças, influenciadas também por capacidades e práticas adquirida de processos anteriores. A partir delas chegamos até as faces da fronteira. Traduzimos como faces da fronteira tipologias que combinam as características das estratégias familiares e os processos de ocupação para entender o quanto as áreas urbanas são próximas ou distantes de áreas rurais. Chegou-se a três faces: O urbano conectado, o urbano expandindo suas conexões urbanas, e os urbano-urbano. Observando-se a combinação dessas três faces e suas variações se torna possível compreender a fronteira, que permite entrever um emaranhado de conexões, onde os espaços urbanos figurariam como nós de interligação tanto com as áreas rurais e delas com os mercados e os serviços que necessitam, quanto a um sistema endógenos de conexões entre urbanos dentro e fora da Amazônia (AU)

Processo FAPESP: 11/06034-9 - O lugar certo para estar. Arranjos familiares, redistribuição espacial da população e ambiente em uma região da Amazônia paraense.
Beneficiário:Thais Tartalha Do Nascimento Lombardi
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado