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Importância dos genes KIR e dos genes de citocinas no Linfoma difuso de grandes células B

Texto completo
Autor(es):
Amanda Vansan Marangon
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Carmino Antonio de Souza; Ana Maria Sell; Luiza Tamie Tsuneto; Erich Vinicius De Paula; Carmen Silvia Passos Lima
Orientador: Jeane Eliete Laguila Visentainer; Carmino Antonio de Souza
Resumo

O Linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) representa o subtipo mais prevalente de linfoma maligno não-Hodgkin, sendo responsável por 30-40% de todos os casos de LNH. O LDGCB não tem etiologia e patogênese bem definidas, porém o seu desenvolvimento parece estar relacionado a respostas imunes ineficazes, devido a frequente associação desse linfoma com estados de imunossupressão. Os fatores genéticos envolvidos no desenvolvimento e evolução da doença não são bem entendidos. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a influência dos genes KIR, dos ligantes HLA e do polimorfismo em genes de citocinas na susceptibilidade ou resistência ao desenvolvimento de LDGCB, bem como na evolução clínica e resposta ao tratamento. Para tanto, foram selecionados 112 pacientes com diagnóstico de LDGCB e 292 doadores de sangue e medula óssea como grupo controle. As tipificações dos genes KIR e dos ligantes HLA foram realizadas com a técnica de PCR-SSOP e a tipificação de citocinas foi realizada com a técnica PCR-SSP. As análises estatísticas foram realizadas pelo pacote estatístico "R" versão 3.0.2 para o programa Windows e os valores de P<0,05 foram considerados significativos. A distribuição dos genes KIR nos grupos estudados mostrou uma menor frequência do gene KIR2DL2 nos pacientes quando comparados aos controles (45,5% vs 58,1%; P=0,036), essa associação mostrou-se significativa também na combinação de KIR2DL2 com C1 (33,0%vs 45,9%; P=0,026) sugerindo um papel de proteção desse gene ao desenvolvimento de LDGCB. Em relação à evolução clínica da doença, os ligantes HLA-Bw4 e HLA-Bw4 80I foram mais frequentes nos pacientes com estádios mais avançados da doença (64,7% vs 40,9%; P=0,020 e 44,1% vs 25,0%; P=0,046, respectivamente) sugerindo que a presença desses ligantes pode ser fator de prognóstico ruim ao LDGCB. Em relação à resposta terapêutica, o gene KIR2DL3 foi associado positivamente ao tratamento do LDGCB, pois esse gene foi mais frequente nos indivíduos com resposta completa que nos indivíduos não respondedores (88,3% vs 71,0%; P=0,044). A respeito dos genes reguladores de citocinas, o genótipo IFN-gama-874/A:A foi associado positivamente ao LDGCB, sendo encontrado mais frequente nos pacientes que nos controles (50,9% vs 27,9%; P=0,001). Contrariamente os genótipos: IFN-gama-874/T:A, IL10-819/C:C e IL10-592/C:C foram menos frequentes nos pacientes que nos controles (P=0,001; P=0,025; P=0,025). Ademais, o genótipo IL10-1082/G:G foi relacionado a maior sobrevida livre de progressão. Os resultados encontrados sugerem que os genes KIR, os ligantes HLA e os genes de citocinas parecem ter envolvimento na proteção, susceptibilidade, evolução clínica e resposta ao tratamento do LDGCB (AU)

Processo FAPESP: 10/50344-0 - Importancia dos gene kir e do polimorfismo de citocinas na patogenese dos linfomas hodgkin e nao-hodgkin.
Beneficiário:Amanda Vansan Marangon
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado