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Fim da linha? Vilas ferroviárias da Companhia Paulista (1868-1961): uma investigação sobre história e preservação

Texto completo
Autor(es):
Luciana Massami Inoue
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/SBI)
Data de defesa:
Membros da banca:
Maria Lucia Caira Gitahy; Cristina de Campos; Leonardo Barci Castriota; Telma de Barros Correia; Beatriz Mugayar Kuhl
Orientador: Maria Lucia Caira Gitahy
Resumo

O propósito desta pesquisa foi estudar a história social das vilas ferroviárias da Companhia Paulista e contribuir para a discussão sobre a preservação das mesmas. Dentre as diversas companhias ferroviárias espalhadas pelo estado de São Paulo, elegeu-se a Companhia Paulista, a primeira formada com capital nacional e com grande penetração geográfica, política, econômica e social. E dentre as suas vilas, foram escolhidas somente seis como estudo de caso - Itirapina, Brotas, Dois Córregos, Jaú, São Carlos e Rincão - ainda não analisadas, e que apresentavam um número considerável de casas e se localizavam geograficamente próximas, no \"coração\" do estado de São Paulo. O recorte temporal é o da própria Companhia que inicia-se em 1868, e termina em 1961, como empresa privada. Como métodos empregados a pesquisa utilizou- se de fontes primárias - especialmente os Relatórios da Companhia Paulista - e como fontes secundárias, houve duas vertentes que se procurou conjugar: uma referente às vilas ferroviárias, a Companhia Paulista e seus trabalhadores e, outra vertente referente às questões de preservação. Foram de fundamental importância as visitas de campo às respectivas cidades, na verificação do estado de conservação, sua morfologia urbana e a aplicabilidade de propostas pensadas para sua preservação. Igualmente importantes foram às visitas técnicas realizadas para analisar e comparar o encaminhamento dado ao patrimônio industrial ferroviário e urbano nos diferentes países. As vilas ferroviárias tomadas de maneira isolada parecem ser insignificantes, contudo, ao estudar a história social da Companhia Paulista e principalmente a de seus trabalhadores, as vilas passam a adquirir outro significado. Desse modo, o valor das vilas ferroviárias é melhor entendido com a apreciação dos processos históricos mais amplos. Um dos caminhos possíveis encontrados para a re-significação encontra apoio no conceito de paisagem cultural, assim como no conceito de áreas de conservação ou conservação integrada. Os conceitos se complementam e ambos auxiliam a gestão do patrimônio. E a partir do conceito de áreas de conservação, encontra-se a leitura morfotipológica. Ao invés de uma leitura estilística das vilas ferroviárias, optou-se por fazer tal leitura, mais ligada ao tecido urbano, aliada é claro, à investigação da história social destes espaços, que acreditamos que dá sustentação e significação para uma política de preservação, na busca de encontrar o caráter do lugar, e ao mesmo tempo conectar o passado à dimensão contemporânea que devem ter as políticas de preservação. Espera-se assim ter cumprido com os objetivos, de valorizar novamente as vilas ferroviárias e o mundo do trabalho dentro da história e das políticas de preservação. (AU)

Processo FAPESP: 13/23935-5 - Vilas Ferroviárias da Antiga Companhia Paulista: uma investigação sobre a história e preservação de alguns conjuntos residenciais
Beneficiário:Luciana Massami Inoue
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado