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Efeitos neuroprotetor e regenerativo do selante de fibrina derivado da peçonha de serpente combinado com células tronco mononucleares após reparo do nervo isquiático de ratos neonatos

Texto completo
Autor(es):
Natalia Perussi Biscola
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Botucatu. 2016-03-28.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Medicina. Botucatu
Data de defesa:
Orientador: Benedito Barraviera
Resumo

A realização de reparos eficientes em lesões do sistema nervoso é um desafio para a medicina. O uso de modelos experimentais bem estabelecidos permite a avaliação de diferentes tratamentos a fim de prevenir as lesões causadas. O presente estudo investigou o potencial neuroprotetor e regenerativo de células tronco mononucleares da medula óssea (CTMMO), após reparo com selante de fibrina derivado da peçonha de serpente sobre neurônios motores e sensitivos, em ratos neonatos submetidos à axotomia do nervo isquiático. Para isso, os animais foram divididos em seis grupos: Grupo I (AX): axotomia do nervo isquiático sem tratamento; Grupo II (AX+SF): axotomia do nervo isquiático, seguida de reparo término terminal com selante de fibrina produzido pelo Centro de Estudos de Venenos de Animais Peçonhentos (CEVAP); Grupo III (AX+SF+CTMMO): axotomia do nervo isquiático, seguida de reparo término terminal com selante de fibrina do CEVAP e tratamento com CTMMO; Grupo IV (AX+CTMMO): axotomia do nervo isquiático, seguida de tratamento com CTMMO; Grupo V (AX+SFC): axotomia do nervo isquiático, seguida de reparo término terminal com selante de fibrina comercial; Grupo VI: Controle sem lesão (teste motor). Os animais foram analisados 4, 8 e 12 semanas após a lesão. Foram realizadas as técnicas de citometria de fluxo para caracterização das CTMMO; imunoistoquímica para verificação da cobertura sináptica, gliose reativa e resposta microglial; coloração de Nissl para sobrevivência neuronal; morfometria do nervo isquiático, para verificar a regeneração nervosa; morfometria da medula espinal, para avaliar os inputs sinápticos, além dos testes motor (Catwalk) e sensitivo (von Frey), para avaliar a melhora funcional e nociceptiva. Testes ANOVA, seguido de pós-teste Bonferroni foram utilizados para análises estatísticas. O reparo com selante resultou em preservação da cobertura sináptica e aumento significativo da sobrevivência neuronal nos grupos em que o reparo foi realizado apenas com os selantes, ou quando foi associado com as CTMMO (aproximadamente 54%), comparativamente aos grupos em que não foi utilizado selante (aproximadamente 32%), em todos os períodos analisados. As reatividades astroglial e microglial diminuíram nos mesmos grupos (AX+SF, AX+SF+CTMMO e AX+SFC), 4 semanas após a lesão. Além disso, o reparo possibilitou a regeneração axonal, resultando em maior número de fibras nervosas, com diâmetro e espessura da bainha de mielina próximas ao controle e neurônios com preferência por terminais inibitórios no momento de recuperação. Consequentemente, os animais apresentaram recuperação funcional e sensitiva. Portanto, os resultados apresentados sugerem que o reparo do nervo isquiático com selante de fibrina em ratos neonatos resulta em neuroproteção e regeneração de neurônios motores e sensitivos, sendo que não foram detectados benefícios adicionais com a terapia celular empregada. (AU)

Processo FAPESP: 11/23377-7 - Efeitos neuroprotetor e regenerativo do selante de fibrina derivado da peçonha de serpente combinado com células tronco mononucleares após neurorrafia do nervo isquiático de ratos neonatos
Beneficiário:Natália Perussi Biscola
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto