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Controle cardiovascular autonômico e metabolismo em embriões de lagartos (Reptilia; Lepidosauria)

Texto completo
Autor(es):
Marina Rincon Sartori
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Rio Claro. 2016-11-29.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Biociências. Rio Claro
Data de defesa:
Orientador: Augusto Shinya Abe
Resumo

Durante o desenvolvimento embrionário de répteis ocorrem mudanças em relação à demanda de oxigênio, devido à contínua formação de tecidos e crescimento do embrião. Além disso, os ovos de répteis estão sujeitos a variações ambientais, como mudanças de temperatura, que influenciam diretamente as taxas de processos fisiológicos do embrião. Estudos indicam que, em geral, sob temperatura constante, o consumo de oxigênio aumenta ao longo do período embrionário em três padrões distintos dentre os répteis: exponencial, sigmoidal e em pico. Desta forma, ajustes cardiovasculares devem acompanhar essas mudanças do padrão metabólico, compatibilizando a oferta de oxigênio à demanda necessária para cada estágio do desenvolvimento. Em adultos, uma das formas de se adequar o provimento de oxigênio pelo sistema circulatório ocorre através do controle neural do coração, via sistema autônomo simpático e parassimpático. O controle autonômico induz a aceleração ou diminuição da frequência cardíaca (fH), através dos neurotransmissores, resultando no aumento ou diminuição da oferta de oxigênio aos tecidos. No entanto, no embrião, o sistema nervoso ainda não está completamente formado e os mecanismos de regulação utilizados são pouco conhecidos nos répteis. Dessa forma, neste projeto procuramos determinar o padrão de metabolismo (VO2) e fH em embriões do lagarto iguana, Iguana iguana. Foi também estudada a relação entre o VO2 e a fH durante a fase embrionária e os efeitos cronotrópicos da temperatura.. E para finalizar, avaliamos os mecanismos de controle do coração pelo sistema nervoso autônomo em embriões de iguanas e em uma segunda espécie de lagarto, o teiú (Salvator merianae), que pertence a um clado distinto dentro da Ordem Squamata. Nossos resultados indicam que durante a fase embrionária de répteis: i. não há um acoplamento entre a taxa metabólica e a fH, ii. a temperatura exerce um efeito direto na fH e os ninhos escavados em profundidade minimizam as variações térmicas diárias, iii. há indícios de presença de receptores adrenérgicos e colinérgicos no coração do embrião logo após a oviposição, e iv. no entanto, o controle do coração é realizado principalmente via tônus adrenérgico, provavelmente através de catecolaminas circulantes enquanto o tônus colinérgico se inicia posteriormente, próximo à eclosão, devido a possível relação com o início do ritmo ventilatório e a necessidade de controle de interações cardiorrespiratórias. (AU)

Processo FAPESP: 12/16537-0 - Controle cardiovascular autonômico e metabolismo em embriões lagartos (Reptilia; Lepidosauria)
Beneficiário:Marina Rincon Sartori
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado