Busca avançada
Ano de início
Entree


Formação de biofilme in vitro e viabilidade de fibroblastos gengivais humanos (FMM-1) em novos materiais cerâmicos

Texto completo
Autor(es):
Amanda Maria de Oliveira Dal Piva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São José dos Campos. 2017-01-31.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Ciência e Tecnologia. São José dos Campos
Data de defesa:
Orientador: Marco Antonio Bottino; Lilian Costa Anami
Resumo

Este estudo avaliou a morfologia superficial de duas cerâmicas recentemente lançadas no mercado, o crescimento de biofilme heterotípico e a viabilidade de fibroblastos gengivais humanos (FMM-1) em contato com estes materiais após vitrificação ou polimento. Para isto, foram confeccionados 46 blocos (4,5x4,5x1,5 mm) de cada cerâmica: zircônia parcialmente estabilizada por ítria com alta translucidez (HT) e silicato de lítio reforçado por zircônia (SUP). Os blocos foram sinterizados/cristalizados e as superfícies dos espécimes padronizadas com aplicação de glaze (subgrupos “g”). A rugosidade superficial (Ra e RSm) foi mensurada por rugosímetro de contato (n=20) e qualitativamente por perfilometria óptica (n=2). Após esterilização, os espécimes foram contaminados para a formação de biofilme com a associação de S. mutans, S. sanguinis e C. albicans no período de 16 h (n=8) e o biofilme formado foi quantificado através da contagem de unidades formadoras de colônia (UFC) e analisado por microscopia eletrônica de varredura. A viabilidade celular a fibroblastos FMM-1 foi avaliada através do teste MTT. Cinco amostras (15x15x1,5 mm) foram confeccionadas de forma semelhante e utilizadas para determinação da energia livre de superfície (ELS) através de goniometria. Em seguida, os espécimes não-destruídos (n=26) foram resubmetidos ao protocolo de lixamento e então, polidos conforme recomendação do fabricante para avaliação das superfícies polidas (subgrupos “p”) sob todas análises em estudo. Os dados de rugosidade foram avaliados através dos testes não-paramétricos Kruskal-Wallis, Dunn e Mann-Whitney. Os dados de ELS, MTT e UFC foram avaliados por análise de variância e teste de Tukey, e os dados de MTT também foram submetidos ao teste t. Para todos os testes, foi considerado o valor de alfa = 95%. A rugosidade foi influenciada pelos materiais e tratamentos de superfícies avaliados (Ra p<0,001; RSm p=0,0002), sendo que a cerâmica HTg apresentou ranhuras, em média, mais altas e menos espaçadas que as demais. Os fatores material e superfície influenciaram a ELS (p=0,001), todos os materiais apresentam comportamento hidrofílico, mas HTp apresentou a maior ELS. A interação dos fatores superfície e micro-organismo influenciou a UFC (p=0,00), sendo que Streptococcus aderiu mais sobre superfícies glazeadas e C. albicans apresentou menor aderência para superfícies polidas. O teste MTT demonstrou citotoxicidade inicial (24 h) para as superfícies polidas, o que não se repetiu após 7 dias de contato (p=0,00). A perfilometria evidenciou a morfologia superficial mais homogênea nas amostras polidas. Exceto para HTg, as imagens de MEV evidenciaram superfícies homogêneas e os espécimes contaminados apresentaram Streptococus e C. albicans. Pode-se concluir que as superfícies glazeadas apresentam maior rugosidade e tendência a acumular biofilme. Superfícies polidas possuem elevada ELS, porém, citotoxicidade temporária. (AU)

Processo FAPESP: 15/13322-1 - Novos materiais cerâmicos: avaliação da formação de biofilme e da viabilidade de fibroblastos gengivais humanos (FMM-1)
Beneficiário:Amanda Maria de Oliveira Dal Piva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado