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Aspectos relacionados com a perda dentária em adultos e com o edentulismo em idosos: estudo transversal

Texto completo
Autor(es):
Valmir Vanderlei Gomes Filho
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Antonio Carlos Pereira; Antonio Carlos Frias; Jaqueline Vilela Bulgareli
Orientador: Antonio Carlos Pereira
Resumo

As perdas dentárias e o edentulismo se apresentam como um grave problema de saúde pública. Este trabalho é uma dissertação de mestrado em forma de dois artigos, onde o primeiro se propôs-se a descrever o perfil das perdas dentárias em adultos e o segundo a epidemiologia da necessidade de prótese dentária total na população idosa por meio dos dados do SB São Paulo 2015. Este estudo transversal tem por objetivos: analisar as perdas dentárias em adultos, avaliar a quantidade e a posição desses dentes perdidos na população de adultos, analisar a progressão das perdas dentárias para o edentulismo na população idosa, verificar os fatores associados à utilização de prótese total em idosos. Estudo transversal, de base estadual, com representatividade para adultos (35 a 44 anos) e idosos (65 a 74 anos) residentes no Estado de São Paulo. Os dados desse estudo foram retirados do levantamento epidemiológico de saúde bucal do Estado de São Paulo (SBSP 2015). No artigo 1, um total de 5,9% (n = 359) dos adultos examinados apresentavam perda de 1 a 4 primeiros molares, 25,3% (n = 1530) perderam até 12 dentes posteriores, 32,7% (n = 1977) perderam até 12 dentes, incluindo um/mais anteriores, 9,4% (n = 568) perderam de 13-31 dentes, e 1,9% (n = 117), eram desdentados totais. As mulheres apresentaram maior razão da prevalência de perda dentária aumentou de 1,19 a 1,42, ou seja, de 19 a 42%, nos adultos do estado de São Paulo, entre quem perdeu até 12 dentes incluindo anteriores e acima de 12 dentes. A menor renda variou a razão da prevalência de perda dentária aumentou de 1,78 a 1,97 entre 1500 a 2500 reais, e de 1,39 a 1,65 abaixo de 1500 reais. O menor tempo de escolaridade foi associado com a perda dentária entre 5 e 9 anos de estudo, variou a razão de chances em 1,39 a 4,71 e aumentou conforme maior o número de dentes perdidos. No artigo 2, na população idosa, quem se considerou infeliz apresentou 2,5 vezes mais chances de necessitar de PT dupla, assim como os idosos que apresentavam impacto da saúde bucal na vida cotidiana (OR=1,9), insatisfeitos com a saúde bucal (OR=5,7), última consulta por motivo de dor (OR=3,1) e em usuários de serviços públicos (OR=1,4). Idosos com mais anos de estudo e número de bens abaixo da mediana também apresentaram maior chance de PT dupla. Os resultados apontam para determinantes das perdas dentárias e necessidade de prótese total em várias dimensões, refletindo tanto a influência de aspectos socioeconômicos quanto elementos do capital social, autopercepção em saúde e acesso aos serviços odontológicos. Medidas que atuem de modo multidimensional são necessárias para o reparo dessa herança histórica da (des) assistência odontológica ao longo da vida dos adultos e que vem se agravando na população idosa (AU)

Processo FAPESP: 16/01776-0 - Fatores associados a presença de dentes permanentes em idosos no Estado de São Paulo
Beneficiário:Valmir Vanderlei Gomes Filho
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado