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Inflamação e morte celular na atrofia tímica induzida pelo Paracoccidioides brasiliensis

Texto completo
Autor(es):
Thiago Alves da Costa
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Liana Maria Cardoso Verinaud; Vânia Nieto Brito de Souza; James Venturini; Alessandro dos Santos Farias; Elaine Conceição de Oliveira
Orientador: Liana Maria Cardoso Verinaud
Resumo

O timo é o órgão linfoide primário responsável pela maturação e desenvolvimento dos linfócitos T, e para exercer tal função seu microambiente necessita estar preservado. Apesar de sua importância, o timo sofre involução tanto em condições fisiológicas, como no envelhecimento, quanto em condições patológicas, como durante infecções. Estudos de nosso laboratório têm demonstrado que a infecção experimental por Paracoccidioides brasiliensis, o agente causal da micose sistêmica de maior prevalência na América do Sul e Central ¿ a paracoccidiodomicose, induz atrofia tímica. Neste estudo investigamos a participação dos mecanismos de morte celular e das vias inflamatórias na involução tímica em camundongos experimentalmente infectados com P. Brasiliensis. Observamos acentuada perda celular nos timos desses animais, tanto nas subpopulações de células epiteliais tímicas quantos nas subpopulações de timócitos. Tal perda celular resulta do aumento nas taxas de apoptose dessas células. A participação de mediadores de inflamação intratímica foi observada nesse processo, com aumento da produção de citocinas pró-inflamatórias, destacando-se IL-1? na fase precoce da infeção e IFN-? e TNF-? na fase tardia. Além disso, observamos a ativação intratímica do inflamassoma NLRP3, complexo macromolecular envolvido na ativação de caspases inflamatórias. Coletivamente, nossos resultados mostram que o patógeno se mantém viável e se multiplica no microambiente tímico, causando desequilíbrio molecular que afeta as células presentes no estroma, tais alterações comprometem a função tímica com saída prematura de linfócitos na fase precoce e queda na exportação de tais células na fase tardia. Acreditamos que tais resultados podem contribuir para o entendimento da imunossupressão periférica observada na clínica da paracoccidioidomicose (AU)

Processo FAPESP: 12/22131-7 - Inflamação e morte celular na atrofia tímica induzida pelo Paracoccidioides brasiliensis
Beneficiário:Thiago Alves da Costa
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado