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Membranas de nanofibras com alta adesão para liberação bucal de fármacos

Texto completo
Autor(es):
Silvia Vaz Guerra Nista
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Engenharia Química
Data de defesa:
Membros da banca:
Lúcia Helena Innocentini Mei; Ronaldo Aloise Pilli; Michelle Franz Montan; Andre Luis Ferrari de Moura Giraldi; Rosario Elida Suman Bretas
Orientador: Lúcia Helena Innocentini Mei
Resumo

O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento e caracterização de um sistema mucoadesivo de alto desempenho, baseado em membranas de nanofibras eletrofiadas a partir de soluções de polímeros mucoadesivos para liberação bucal de princípios ativos. Seu desenvolvimento deu-se em três fases. A primeira foi dedicada à obtenção de membranas de nanofibras eletrofiadas com os seguintes polímeros mucoadesivos individuais: (Alginato / PEO (Polióxido de Etileno)), Quitosana/PEO) e à eletrofiação de suas misturas (Quitosana/PEO + Alginato/PEO). Membranas de Alginato/PEO, Quitosana/PEO e Acetato de Celulose (CA) foram carregadas com 10 e 20% m/m do fármaco Metronidazol (MTZ), um antibiótico amplamente utilizado no tratamento de periodontites. As membranas de CA foram revestidas com as nanofibras de polímeros mucoadesivos desenvolvidas pela técnica "layer by layer", obtendo-se mais um dispositivo de liberação além das membranas dos polímeros individuais. Todas as nanofibras preparadas não apresentaram defeitos como contas e apresentaram uma distribuição homogênea do diâmetro. Excelentes resultados foram obtidos para reticulação das membranas de nanofibras de SA/PEO e de CA revestida com SA/PEO, pela técnica desenvolvida a seco por atomização de CaCl2 e posterior atomização com solução de quitosana, com uma perda de massa de apenas 41% após 24 horas a 37°C em soluções de simulação de fluido corporal. Na segunda fase do trabalho, confirmou-se por análise microbiológica utilizando-se a bactéria anaeróbica Gram negativa, A. actinomycetemcomitans, que o fármaco não perdeu sua eficácia durante o processo de eletrofiação. Através dos testes de Viabilidade Celular com Trypan Blue verificou-se que todas as membranas com incorporação de até 10% do fármaco MTZ são biocompatíveis. Nos testes de liberação controlada in vitro do fármaco metronidazol, as membranas de SA/PEO e de CA revestida com SA/PEO apresentaram os melhores resultados de liberação do fármaco, onde se obteve o menor efeito burst, em relação às demais membranas testadas. O teste de permeação do fármaco Metronidazol em epitélio oral fresco de suínos mostrou que as duas membranas de CA revestidas apresentaram perfil e valores de Lag Time e Fluxo em estado estacionário menores que as membranas não revestidas. A terceira fase permitiu determinar a membrana de nanofibra com melhores propriedades mucoadesivas para liberação do fármaco, através dos testes in vitro de desempenho de mucoadesão por adsorção de mucina, tempo e força de mucoadesão que simulam as condições reais de aplicação dos dispositivos desenvolvidos na cavidade bucal. As membranas de nanofibras de SA/PEO foram as mais adequadas para aplicação proposta em doenças periodontais. Elas apresentaram nanofibras homogêneas e livres de defeitos, membranas bem formadas. O perfil de liberação do fármaco, com e sem barreira epitelial, foi adequado ao objetivo proposto. Elas são biocompatíveis pelos resultados nos testes citotoxicológicos e apresentaram as melhores performances de Tempo e Força de mucoadesão, superando os resultados das demais membranas (AU)

Processo FAPESP: 12/11904-5 - Membranas de nanofibras com alta adesão para liberação bucal de fármacos.
Beneficiário:Silvia Vaz Guerra Nista
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado