Busca avançada
Ano de início
Entree


Extração de espilantol no contexto da química verde e sua aplicação no tratamento da mucosite oral

Texto completo
Autor(es):
Veronica Santana de Freitas Blanco
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Rodney Alexandre Ferreira Rodrigues; Severino Matias de Alencar; Fernanda Oliveira de Gaspari de Gaspi; Maria Cristina Volpato; Michelle Franz Montan
Orientador: Rodney Alexandre Ferreira Rodrigues
Resumo

A extração de compostos de matrizes vegetais geralmente é associada à utilização de solventes orgânicos tóxicos, que como consequência, geram resíduos com grande impacto ambiental e custo operacional elevado. Por esta razão, a utilização de processos que eliminem ou minimizem o uso de solventes orgânicos, como a extração por fluído supercrítico utilizando CO2, é de grande interesse. O espilantol, uma alquilamida encontrada em algumas espécies vegetais, dentre elas, a Acmella oleracea (L.) R.K. Jansen possui diversas propriedades farmacológicas, como atividade anti-inflamatória, anestésica e antioxidante. Estas propriedades podem ser de grande interesse no tratamento da mucosite, um efeito colateral comum, decorrente do tratamento de pacientes com câncer submetidos a radio e quimioterapia. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi isolar o espilantol contido nas partes aéreas da Acmella oleracea utilizando técnicas de química verde e avaliar sua atividade anti-inflamatória em modelos in vitro e in vivo, bem como a incorporação em uma formulação mucoadesiva visando auxiliar na terapêutica da mucosite. Foi possível obter espilantol com alto grau de pureza (97%) através de extração seguida de fracionamento utilizando dióxido de carbono supercrítico, com subsequente isolamento do espilantol através de cromatografia Flash, utilizando como solventes, etanol e água. Na avaliação in vitro, foi possível determinar baixa toxicidade do espilantol em fibroblastos gengivais humanos (HGF-1) em concentrações de até 200 µM. Também foi possível observar efeito supressor in vitro do espilantol na expressão de genes envolvidos no processo inflamatório, como a Selectina E e a Interleucina-9. No experimento in vivo, o espilantol, na concentração de 30 mg/kg, foi capaz de atenuar de maneira significativa a inflamação provocada pelo quimioterápico 5-FU em modelo de mucosite intestinal em camundongos Swiss. Foi possível também desenvolver uma formulação promissora, contendo espilantol para possível uso na mucosite (AU)

Processo FAPESP: 14/06461-2 - Extração de espilantol no contexto da química verde e sua aplicação no tratamento da mucosite oral
Beneficiário:Verônica Santana de Freitas Blanco
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado