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Trabalho, mobilidade, circulação: a força de trabalho em movimento

Texto completo
Autor(es):
Gil Felix
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Fernando Antonio Lourenço; Ricardo Antunes; Rosana Aparecida Baeninger; Delma Pessanha Neves; Jose Sergio Leite Lopes
Orientador: Fernando Antonio Lourenço
Resumo

Nesta tese, analiso processos sociais de mobilidade espacial e de circulação mercantil da força de trabalho, considerando, em especial, as transformações decorrentes da chamada acumulação flexível do capital e as características que essas transformações assumem frente a aspectos específicos de formações dependentes como o Brasil. Para tanto, dando prosseguimento a investigações anteriores sobre as condições de constituição e reprodução social da pequena produção rural, por um lado, e, por outro, sobre as especificidades do exército de reserva nas formações dependentes, foram analisados dados de uma nova etapa de pesquisa de campo realizada junto a trabalhadores de um grande projeto da indústria da mineração na Amazônia Oriental. Fruto de um plano estratégico global da empresa Vale, o grande projeto em questão foi composto pela construção de uma megamina e de uma usina metalúrgica entre os anos de 2007 e 2010, visando explorar as reservas das Serras da Onça e do Puma, situadas em região limítrofe dos municípios de Ourilândia do Norte, Tucumã e São Felix do Xingu, no estado do Pará, norte do Brasil. Nesse sentido, em um primeiro momento, analiso características das frentes de expansão, dos grandes projetos e das morfologias sociais de deslocamento de trabalhadores e trabalhadoras nestas cidades, assim como das respectivas trajetórias de circulação da força de trabalho que parte deles estabelece em várias regiões do país, principalmente nas empresas terceirizadas e subcontratadas, nas empresas agropecuárias, no mercado informal remunerado por dia de trabalho ou tarefa e no emprego doméstico. Em seguida, considerando tais trajetórias junto a tendências globais de transformações no mundo do trabalho, analiso os processos de aceleração e amplificação da circulação mercantil da força de trabalho que vêm ocorrendo nas últimas décadas e que estão, ao menos no caso brasileiro, diretamente relacionados a um regime de superexploração do trabalho. Por fim, concluo que esses processos implicam em uma maior aproximação entre o exército ativo e o exército de reserva e, portanto, em uma nova condição imposta à classe trabalhadora. (AU)

Processo FAPESP: 11/22692-6 - Trabalho, mobilidade espacial e transformação social: trajetórias de trabalhadores rurais na Amazônia Oriental
Beneficiário:Gil Almeida Felix
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado