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Resposta anti-inflamatória na aterosclerose: identificação e caracterização do efeito das citocinas IL-27 e IL-37

Texto completo
Autor(es):
Liana Maria Villarejos
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Maria Heloisa de Souza Lima Blotta; Marisa Passarelli; Carla Fernanda Franco Penteado
Orientador: Rômulo Tadeu Dias de Oliveira; Maria Heloisa de Souza Lima Blotta
Resumo

A aterosclerose é causada pelo acúmulo de colesterol na camada íntima das artérias levando a infiltração de células da resposta inflamatória/imunológica. Nestes locais, o balanço entre a resposta inflamatória e anti-inflamatória é crucial para a formação de placas ateroscleróticas e progressão da doença. Diversos estudos descreveram o importante papel de citocinas anti-aterogênicas como IL-10 e TGF-? no controle da aterosclerose. Recentemente, duas citocinas, IL-27 e IL-37 receberam atenção devido a seu potencial anti-inflamatório em doenças inflamatórias e autoimunes. A IL-27 pertence à família da IL-12 e é composta por duas subunidades EBI-3 e p28. É a principal responsável pela diferenciação de células Tr1, potentes produtoras de IL-10, além de ser capaz de suprimir a polarização de células de fenótipo inflamatório, como as células Th17. A IL-37, por outro lado, pertence a família da IL-1 e possui 5 isoformas (a ¿ e). Embora expressa em baixas concentrações em monócitos e células dendríticas (DCs), a IL-37 é produzida prontamente no contexto da resposta inflamatória, quando então atua inibindo a síntese de citocinas inflamatórias. Esse trabalho teve como objetivo estudar o envolvimento da IL-27 e da IL-37 na aterosclerose humana. Primeiramente verificamos a presença de IL-27 e IL-37 em lesões de ateroma de pacientes submetidos à endarterectomia carotídea por imuno-histoquímica. Ambas as citocinas foram detectadas em macrófagos e células gigantes em associação com cristais de colesterol. Na etapa seguinte avaliamos a presença dessas citocinas (mRNA e proteína) no sangue periférico de pacientes com doença arterial coronariana crônica (SCC) e aguda (SCA) e controles com (FR) e sem (C) fatores de risco para aterosclerose. A expressão gênica do componente EBI-3 da IL-27 e concentração plasmática de IL-27 foi significativamente menor nos pacientes com SCC e SCA e nos indivíduos FR, do que em controles sem fator de risco. Estes resultados sugerem um menor controle da resposta inflamatória nos grupos SCC, SCA e FR. Em seguida, verificamos se macrófagos (M1 e M2) derivados de monócitos do sangue periférico são capazes de produzir IL-27 e IL-37 in vitro após estimulação com antígenos aterogênicos. Verificamos um aumento significativo da produção de IL-27, especialmente por macrófagos M2 (inflamatórios), quando estimulados com LPS e LDLox. Finalmente, verificamos que tanto a IL-27, como a IL-37, têm forte ação inibitória sobre a produção de metaloproteinases, catepsinas e quimiocinas por células musculares lisas e endoteliais. Em conjunto, nossos resultados mostraram que as citocinas IL-27 e IL-37 apresentam potencial anti-inflamatório, mais evidente para a IL-27, o que poderia representar um importante mecanismo de controle na resposta inflamatória na aterosclerose e manutenção da homeostase (AU)

Processo FAPESP: 13/26808-4 - Resposta anti-inflamatória na aterosclerose: identificação e caracterização das citocinas IL-27 e IL-37
Beneficiário:Liana Maria Villarejos
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado