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A construção de um modelo internacional de Saúde Pública: o programa dos laboratórios de febre amarela da Fundação Rockefeller nos Estados Unidos, América do Sul e África (1935-1950)

Texto completo
Autor(es):
Aleidys Hernandez Tasco
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Geociências
Data de defesa:
Membros da banca:
Cristina de Campos; Rita de Cassia Marques; Maria Gabriela Silva Martins Cunha Marinho; Silvia Fernanda de Mendonça Figueirôa; Rafael de Brito Dias
Orientador: Cristina de Campos
Resumo

A presente pesquisa analisou o trajeto percorrido pelo programa da febre amarela da Fundação Rockefeller, que teve uma duração de mais de 30 anos (1916 a 1950). Este programa foi dividido em duas fases, a primeira através de campanhas anti-larvas, em cooperação e parcerias com governos de diferentes países da América Latina onde a doença era notificada, e a segunda caracterizada pela construção de laboratórios estrategicamente localizados no Brasil, Colômbia, Uganda e Nigéria, que por sua vez foram impulsionadas por um laboratório central localizado nos Estados Unidos. O objetivo desta pesquisa foi realizar um estudo histórico-analítico do programa de febre amarela da Fundação Rockefeller. Entre as principais contribuições pode-se ressaltar que a febre amarela foi uma doença que forneceu uma plataforma para o diálogo entre países, e iniciou as bases para construir o conceito de saúde Internacional, fomentando a ideia de que o conhecimento médico não tem limites nacionais, e as fronteiras internacionais não formam nenhuma barreira contra a doença.  Além disso, se alcançou identificar que as atividades da Fundação Rockefeller foram de caráter intervencionista, mas o valor que conseguiu frente ao desenvolvimento da saúde internacional não teve precedentes. Sem duvida, a Fundação Rockefeller foi uma das instituições que participou ativamente da saúde pública, conseguindo contribuir na difusão e consolidação de um modelo universal de saúde. Uma de suas políticas mais claras foi em relação ao laboratório, a partir de 1930 se tornou na espinha dorsal para a saúde moderna e preventiva. Por outo lado, se identificou que entre 1935 a 1950, a Fundação Rockefeller logrou organizar uma rede de conexões científicas no continente americano e africano, foi neste momento que a medicina tropical deixou de ser vista como atos de filantropia científica para se tornar em uma disciplina de produção de conhecimento. Esta pesquisa histórica evidenciou o poder de divulgação da Fundação Rockefeller, pois sua liderança conseguiu unir a distintos países em prol de solucionar um problema em comum que beneficiaria o mundo todo promovendo um campo que formularia ao longo do tempo um modelo de saúde pública, baseado na pesquisa de laboratório permanecendo até a atualidade. A principal contribuição da tese, foi demostrar que sem a ajuda e a disposição dos governos - tanto do Brasil como da Colômbia e da colônia de Nigéria como do protetorado de Uganda ¿ o projeto mundial não fosse sido possível. A conexão entre os pesquisadores e os governos foi decisiva para contribuir na organização da disciplina que na atualidade é conhecida como saúde internacional (AU)

Processo FAPESP: 13/13033-4 - Relações científicas internacionais: o programa dos laboratórios de febre amarela da Fundação Rockefeller nos Estados Unidos, América do Sul e África (1935-1947)
Beneficiário:Aleidys Hernandez Tasco
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado