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Por que eu tenho que trabalhar lateralidade?: experiências formativas com professoras dos anos iniciais

Texto completo
Autor(es):
Thiara Vichiato Breda
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Geociências
Data de defesa:
Membros da banca:
Celso Dal Ré Carneiro; Guilherme do Val Toledo Prado; Tânia Seneme do Canto; Andrea Coelho Lastória; Denis Richter
Orientador: Celso Dal Ré Carneiro; Rafael Straforini
Resumo

O presente trabalho tem por objetivo principal analisar a mobilização e a construção de saberes cartográficos e pedagógicos, tomando como pano de fundo o curso de formação "Confecção de Jogos Geográficos nos Anos Iniciais" realizado na rede municipal de Campinas (São Paulo, Brasil), para professoras-pedagogas. Nessa experiência participaram 7 professoras e 1 professor dos anos iniciais, que desenvolveram 3 jogos geográficos. A metodologia utilizada consistiu na formação de um grupo focal, que constitui a dinâmica potencial na interação entre todos os participantes. Também se realizaram questionários e memoriais. Neste `caso em estudo¿ a noção de experiência foi tratada na interface com os apontamentos de Larrosa e Benjamim, evidenciando a alteridade na perspectiva baktiniana. Assim, não se trata tanto de pensar e investigar os cursos de formação a partir das professoras, mas também da minha própria vivência e do encontro com elas. O exercício de escrita em primeira pessoa possibilitou a revelação da autoria e seu reflexo em todo o processo. Sendo assim, a tese me permitiu (re)ver, (re)ler, (re)criar e (re)direcionar concepções, conceitos, ideias e olhares. Desses movimentos surgem algumas questões fundamentais estabelecidas: Primeiro, como essa experiência se efetivou e (trans)formou o grupo? Depois, como se estabeleceram conexões entre os saberes pedagógicos e cartográficos no processo de formação? E ainda, como as trocas de experiências transformaram a minha relação com a cartografia e com o conhecimento? Nesse sentindo, as narrativas pedagógicas do curso de formação e as trajetórias cartografadas, mais que dados, se tornaram dispositivos de (trans)formação durante o processo. Trago como ponto de partida imagens e fragmentos dos meus "traços biográficos" que se revelam como pano de fundo dessa compreensão. Tomando essas práticas como importante recurso formativo, o exercício da "consciência cartográfica" de uma certa arqueologia espaçotemporal foi um gesto que enfatizou que o "Eu" eram "muitos". Deste processo despontam também reflexões sobre/no percurso investigativo e o meu lugar de pesquisadora, revelando tensionamentos durante a pesquisa-formação e durante a sistematização da escrita. A tese representa um giro em que passei a considerar os saberes cartográficos pela perspectiva da teoria do discurso, entendendo o currículo não como um conteúdo a ser ministrado, mas como uma seleção e validação de conhecimentos socialmente construídos a partir de disputas de comunidades acadêmicas disciplinares. Essas reflexões foram relacionadas no contexto da formação de professores pedagogos e a linguagem cartográfica nas interfaces dos estudos do saber docente. A resposta para a pergunta-título "Porque eu tenho que ensinar lateralidade? provém do resultado desta pesquisa-formação. A partir das experiências com as professoras, defendo uma cartografia [escolar] porosa, que permita a infiltração tanto de uma representação euclidiana, como também infiltre a sensibilidade e expressividade (AU)

Processo FAPESP: 13/06557-7 - A importância do lúdico na formação de professores de geociências
Beneficiário:Thiara Vichiato Breda
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado