Busca avançada
Ano de início
Entree


Estudo translacional sobre a infecção por Bartonella henselae e sua transmissão transfusional

Texto completo
Autor(es):
Marilene Neves da Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho; Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho; Aline Aparecida Buriola; Angélica Zaninelli Schreiber; Renata Fagnani
Orientador: Amanda Roberta de Almeida; Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho
Resumo

Bartonella é um gênero de bactérias gram-negativas, microaerófilas, fastidiosas e potencialmente fatais. Gatos e cães são reservatórios conhecidos de espécies destes agentes que usam artrópodes sugadores de sangue como vetores. As bartonelas são as únicas bactérias que infectam o interior de eritrócitos humanos e a infecção assintomática de doadores de sangue já foi relatada. Com o objetivo de estudar a infecção por Bartonella henselae em camundongos como modelo translacional, avaliou-se a transmissão por via transfusional destas bactérias e a infecção aguda e tardia no sangue, no baço, no fígado e na pele dos animais. No primeiro estudo camundongos BALB/c foram inoculados por via intraperitoneal com suspensão de B. henselae. Após 96 horas os animais foram eutanasiados e foram coletados fragmentos de fígado, baço e amostras de sangue. Trinta microlitros de sangue de animais inoculados com B. henselae foram transfundidos pelo plexo ocular para um novo grupo de animais. A infecção por B. henselae foi investigada por PCR convencional e nested e foi encontrada positividade por PCR nested no baço e no fígado de animais inoculados via intraperitoneal, mesmo quando as amostras sanguíneas eram negativas. Dos animais que receberam transfusão de sangue com PCR negativas de camundongos inoculados com B. henselae, o DNA da bactéria foi detectado em amostras esplênicas por PCR nested em metade dos animais. A transmissão de B. henselae por transfusão sanguínea é possível em camundongos, mesmo quando os doadores têm infecção não detectável no sangue. No segundo experimento, utilizaram-se microscopia confocal e os mesmos testes moleculares para demonstrar a infecção por B. henselae no sangue, pele, fígado e baço de camundongos da mesma linhagem. Amostras foram avaliadas com quatro e 21 dias após infecção experimental via intraperitoneal. O DNA da bactéria foi detectado apenas no tecido de alguns animais eutanasiados com quatro dias e no sangue de todos os animais eutanasiados com 21 dias. Resultados moleculares negativos no sangue não excluem a possibilidade de infecção por B. henselae em camundongos. A manifestação tardia da infecção no sangue pode ser um outro desafio para o diagnóstico, particularmente precoce, da infecção pela bactéria. Os resultados reforçam a necessidade de uma reavaliação dos riscos e do impacto da transmissão da B. henselae por meio de transfusões sanguíneas (AU)

Processo FAPESP: 12/22340-5 - Métodos não invasivos com maior sensibilidade para diagnóstico de infecção humana por Bartonella spp.
Beneficiário:Marilene Neves da Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado