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A influência do nível de atividade física no curso clínico da dor lombar aguda

Texto completo
Autor(es):
Fernanda Gonçalves Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Presidente Prudente. 2019-03-21.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Ciências e Tecnologia. Presidente Prudente
Data de defesa:
Orientador: Diego Giulliano Destro Christofaro; Rafael Zambelli de Almeida Pinto
Resumo

Introdução: A dor lombar aguda não específica pode ser definida como dor sem uma causa específica conhecida com uma duração menor do que seis semanas. Estima-se que cerca de 90% dos pacientes dor lombar aguda retornam ao trabalho dentro de três meses; no entanto, muitos continuam a apresentar recorrência e/ou a persistência dos sintomas. Apesar das evidências atuais não serem capazes de dar suporte à um fator causal específico responsável pela ocorrência dos episódios iniciais de dor lombar, fatores físicos e psicossociais possuem um papel importante no surgimento e persistência desta condição. Portanto, é imprescindível seu entendimento a fim de predizer a sua influência na transição para um quadro crônico. Pouco se sabe sobre a influencia dos níveis de atividade física em desfechos clinicos, como intensidade da dor e incapacidade, em pacientes com dor lombar aguda. Objetivo: Esse estudo teve como objetivo: I) investigar se pacientes com dor lombar aguda alteram dor, incapacidade e nível de atividade física ao longo de 3 e 6 meses; II) analisar a capacidade do nível de atividade física e fatores individuais em predizer os desfechos de dor, incapacidade do paciente após 3 e 6 meses. Métodos: Os pacientes foram recrutados e avaliados a partir de instrumentos de medida objetiva e subjetiva para atividade física, dor, incapacidade em três momentos. Os dados foram análisados por meio de teste de Friedman, Wilcoxon e através de regressões lineares univariadas e multivariadas para análise de predição dos desfechos clínicos. Resultados: Foram avaliados 112 indivíduos, a idade média dos participantes foi 35,91 (±12,01) anos. As medidas de intensidade de dor e incapacidade apresentaram diferença estatisticamente significativa (p<0,00) quando comparadas a avaliação inicial. Não houve diferença entre as avaliações de atividade física para os três momentos. Além disso, a atividade física ocupacional foi o único domínio de atividade física capaz de predizer incapacidade aos seis meses (B= 3.49, IC= 0.65 - 6.34, p<0,01). Conclusão: Nossos achados demonstraram que os níveis de dor e incapacidade, aos três e seis meses, reduziram de maneira significativa quando comparado com a avaliação inicial e que a atividade física ocupacional pode influenciar de maneira negativamente no curso clínico de indivíduos com dor lombar aguda após seis meses do episódio inicial. Não foi verificado associação preditiva para os outros domínios de atividade física. (AU)

Processo FAPESP: 17/12246-5 - A influência do nível de atividade física no curso clínico da dor lombar aguda
Beneficiário:Fernanda Gonçalves Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado