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Influência da aplicação de estimulação elétrica e de proteínas derivadas da matriz do esmalte no reparo de feridas em palato: dois estudos clínicos randomizados

Texto completo
Autor(es):
Manuela Maria Viana Miguel
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São José dos Campos. 2020-01-29.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Ciência e Tecnologia. São José dos Campos
Data de defesa:
Orientador: Mauro Pedrine Santamaria
Resumo

Procedimentos periodontais cirúrgicos podem levar a execução de feridas na região do palato como por exemplo na remoção de enxertos autógenos. Contudo, tais abordagens podem causar ao paciente certo grau de morbidade e desconforto na área operada. Procura-se, portanto, terapias para a área palatina auxiliando a cicatrização de feridas no local doador, que eventualmente também poderiam ser utilizadas para outras finalidades. Assim, o objetivo dos presentes estudos clínicos foi avaliar clínica e imunologicamente os resultados de três meses de duas abordagens, estímulo elétrico (EE) e matriz derivada do esmalte (EMD), no reparo de feridas palatinas advindas da remoção de enxerto gengival livre para preservação de alvéolo. Dois ensaios clínicos randomizados foram realizados seguindo o CONSORT-STATEMENT 2010. (1) Selecionou-se 53 pacientes apresentando necessidade de preservação de rebordo, divididos nos grupos: Sham (n=27) - simulação de EE na ferida aberta no palato, EE (n=26) - estímulo elétrico na ferida aberta no palato. As avaliações clínicas revelaram fechamento precoce da ferida palatina, bem como epitelização desta, aos 7 e 14 dias no grupo EE quando comparado ao grupo Sham (p<0,05 e p=0,03, respectivamente). Sintomatologia dolorosa revelou-se reduzida no grupo EE em relação ao grupo Sham aos 3 dias pós-operatórios (p=0,008). Bem como, uma melhoria na qualidade de vida do paciente foi reportada após 2 dias do procedimento cirúrgico (p<0,04). A modulação de certos biomarcadores de modo favorável à reparação tecidual se fez presente com o uso da eletroterapia. Deste modo, conclui-se que o uso da eletroterapia apresenta benefícios clínicos e imunológicos no reparo de feridas. (2) Selecionou-se 44 pacientes com necessidade de preservação de rebordo, divididos nos grupos: Controle (n=22) - ferida aberta no palato sem terapia e EMD (n=22) - aplicação de Emdogain® na ferida palatina. Nenhum benefício clínico, como fechamento da ferida e epitelização, foi visto com a aplicação de EMD. Contudo, verificou-se uma modulação favorável em biomarcadores inflamatórios importantes ao reparo bem como menor sintomatologia dolorosa. Por conseguinte, o uso do EMD revelou uma modulação positiva do processo inflamatório local à resolução da ferida. (AU)

Processo FAPESP: 18/03353-5 - Influência da estimulação elétrica no reparo de feridas em palato: estudo clínico randomizado
Beneficiário:Manuela Maria Viana Miguel
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado