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N-acetilcisteína em plantas cítricas infectadas com Candidatus Liberibacter asiaticus: efeitos no título bacteriano e no hospedeiro

Texto completo
Autor(es):
Henrique Augusto Siqueira Bergamo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Alessandra Alves de Souza; Helvecio Della Coletta Filho; Rafael Vasconcelos Ribeiro; Simone Cristina Picchi
Orientador: Alessandra Alves de Souza
Resumo

A citricultura se destaca pela sua grande importância no agronegócio paulista e brasileiro, sendo a commodity agrícola brasileira com maior hegemonia no mercado externo. Importantes regiões produtoras de citros no mundo como Ásia, Américas e África vem se deparando com um dos mais graves problema fitossanitário, o HuangLongBing (HLB), também conhecido como greening. Na Ásia e nas Américas o HLB é predominantemente causado pela espécie bacteriana Candidatus Liberibacter asiaticus (CLas), que coloniza os vasos do floema da planta hospedeira causando sintomas severos em folhas e frutos, afetando a produtividade da planta e qualidade de frutos, tanto para o processamento da fruta na indústria quanto para o consumo in natura. No Brasil, o manejo recomendado e tecnicamente mais suportado até então para esta doença está alicerçado nos princípios de exclusão, erradicação e proteção. No entanto, embora ainda sendo mandatório, a erradicação de plantas com HLB tem sido cada vez mais negligenciada, passando-se a conviver com a doença, postergando o tempo de vida útil econômico da planta. Diferentes tipos de moléculas vêm sendo usadas para o manejo de fitobactérias, tendo ação direta no patógeno ou como potencializadoras da indução de resistência de plantas. Como exemplo se tem o uso de moléculas antioxidantes como a N-acetilcisteína que apresentou resultados promissores contra Xylella fastidiosa, que causa a clorose variegada dos citros (CVC) e Xanthomonas citri subsp. citri, que causa o cancro cítrico. Antibióticos como a penicilina, tetraciclina e estreptomicina têm sido testadas contra CLas em testes in vitro, in vivo e algumas já utilizadas em campo. Este projeto tem como objetivo avaliar o efeito destes compostos em laranjeiras doces infectadas com CLas, de modo a verificar a variação da concentração bacteriana, a atividade de enzimas em resposta ao estresse oxidativo causado pela infecção bacteriana e a expressão de genes relacionados à detoxificação de espécies reativas de oxigênio cloroplastidiais, sendo esta a organela mais afetada devido ao acúmulo de amido no mesmo. Pode-se verificar que, apesar do titulo bacteriano invariável nas plantas infectadas, houve uma indução a atividade enzimática de superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e ascorbato peroxidase (APX) nos tratamentos com NAC, acompanhados também da superexpressão de genes de detoxificação cloroplastidial como ascorbato peroxidase cloroplastidial (APXchl), glutationa peroxidase cloroplastidial (GPXchl) e Cu-Zn superóxido dismutase (Cu-Zn SODchl). No tratamento com antibióticos, pode-se observar uma queda no título bacteriano, no entanto não houve indução da atividade de SOD e CAT, com exceção de APX. Pode-se observar forte repressão na expressão de genes de detoxificação cloroplastidial (APXchl, GPXchl e Cu-Zn SODchl), indicando uma possível toxicidade causada pelos antibióticos. Apesar dos efeitos antimicrobianos do NAC não terem sido observados nesse trabalho, ainda há muito o que se estudar quanto a ação dessa molécula promissora na agricultura e principalmente conta o HLB. Meios de delivery no floema e a ação conjunta do NAC com os antibióticos devem ser levados em consideração (AU)

Processo FAPESP: 16/14877-0 - N-acetilcisteína em plantas cítricas infectadas por Candidatus Liberibacter asiaticus: possíveis efeitos no patógeno e no hospedeiro
Beneficiário:Henrique Augusto Siqueira Bergamo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado