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Desempenho biomecânico de mini-implantes como retentores de overdentures mandibulares: estudo in vitro e in silico = Biomechanical performance of mini-implants as mandibular overdenture retainers : in vitro and in silico study

Texto completo
Autor(es):
Guilherme Almeida Borges
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Marcelo Ferraz Mesquita; Eduardo Piza Pellizzer; Vanessa Cavalli
Orientador: Marcelo Ferraz Mesquita
Resumo

Os implantes dentários utilizados para a reabilitação do tipo overdenture mandibular (OM) são definidos como uma modalidade de tratamento bem estabelecida para pacientes desdentados, especialmente para a restauração estética e funcional. Embora a OM seja eficaz e recomendada amplamente pelos dentistas, limitações baseadas nos custos, múltiplas fases cirúrgicas, morbidade e restrições anatômicas podem dificultar um cenário ideal para os pacientes. Portanto, o uso do protocolo de carga imediato (PCI) e precoce (PCP) podem ser uma alternativa clínica viável, considerando o longo tempo de espera dos pacientes pelas próteses finais. De forma similar, outra possibilidade seria reduzir o plano terapêutico mínimo de dois implantes para apenas um, ou até mesmo substituir os implantes de diâmetro convencional (IDC) para mini-implantes. Assim sendo, foram delineados dois estudos: [1] uma revisão sistemática, para investigar se os protocolos de carregamento (PCI)/ (PCP) atingiriam resultados clínicos semelhantes ao protocolo de carregamento convencional (PCC) em OM com longos períodos de acompanhamento. Os resultados demonstraram que os PCI/ PCP apresentam taxas de sucesso e sobrevivência semelhantes (P> 0,05) em comparação com os do PCC. De forma similar, nenhuma diferença estatística (P> 0,05) foi encontrada para o grupo do PCI/ PCP quando se avaliou a perda óssea marginal. Em relação à profundidade de sondagem, valores menores (P <0,05) foram associados ao PCC aos 36 meses de acompanhamento, em comparação ao PCI/ PCP. Quando o índice de placa foi considerado, valores mais baixos (P <0,05) foram observados para o PCC em comparação com o PCI/ PCP. O quociente de estabilidade implantar apresentou valores favoráveis (P <0,05) para o PCC apenas aos 3 meses, considerando que em períodos subsequentes de acompanhamento valores semelhantes (P> 0,05) aos do PCI foram alcançados. O PCI apresentou valores similares (P> 0,05) para o sangramento à sondagem comparados ao PCC; e [2] uma avaliação experimental (in vitro e in silico) para comparar o comportamento biomecânico de OM retidas por um ou dois implantes, utilizando IDC ou mini-implantes. Os resultados mostraram que OM com 2 IDC apresentaram menores valores de força de cisalhamento posterior e total, mesmo para os grupos retidos por 1 e 2 mini-implantes (P< 0,05). Além disso, a tensão de cisalhamento peri-implantar foi semelhante (P> 0,05) para os IDC e mini-implantes, em ambos grupos com 1 ou 2 implantes. Independentemente da aplicação de carga (molar ou incisivo), os grupos com um ou dois mini- implantes apresentaram os menores valores para a tensão de von Misses no implante. Para a carga incisal, o grupo com um mini-implante apresentou os maiores valores de tensão para o housing, em comparação aos outros grupos. A estrutura mais sobrecarregada foi o attachment, com altos valores sob carga incisal, principalmente nos grupos com dois implantes. Em conclusão, o PCI/ PCP para OM são modalidades de tratamento bem estabelecidas e dignas de consideração na prática clínica. Além disso, independentemente do número dos implantes, os mini-implantes apresentam-se como um método de reabilitação promissor, com baixos valores de tensão de cisalhamento peri-implantar e de tensão de von Misses no implante, em comparação com IDC em OM. (AU)

Processo FAPESP: 18/03136-4 - Overdentures mandibulares retidas por um ou dois implantes: comparação entre mini implantes e implantes convencionais com diferentes conexões - análise fotoelástica e por elementos finitos em 3D
Beneficiário:Guilherme Almeida Borges
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado