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Autoavaliação de saúde e transtorno mental comum em idosos: estudo de base populacional no município de Campinas, SP

Texto completo
Autor(es):
Flávia Silva Arbex Borim
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Marilisa Berti de Azevedo Barros; Maria Rita Donalisio Cordeiro; Maria José D'Elboux; Samila Sathler Tavares Batistoni; Tania Ruiz
Orientador: Marilisa Berti de Azevedo Barros
Resumo

A autoavaliação da saúde é um construto multidimensional e tem sido amplamente utilizada como importante indicador de bem-estar individual e coletivo. Estudos mostram uma associação das variáveis socioeconômicas e demográficas com essa medida. Estes fatores influenciam o estabelecimento de diferentes estilos de vida, que contribuem para a ocorrência ou prevenção de problemas de saúde. Os estudos longitudinais têm apontado a autoavaliação de saúde como robusto preditor de morbidade, incapacidade, depressão e mortalidade. A avaliação subjetiva do estado de saúde inclui a dimensão mental, que para o idoso é imprescindível para a realização das atividades funcionais. Este estudo tem como objetivos: analisar a prevalência da saúde autoavaliada como excelente ou muito boa segundo variáveis demográficas, socioeconômicas e de comportamentos relacionados à saúde, em idosos; analisar a prevalência do transtorno mental comum (TMC), medido pelo Self Reporting Questionnaire 20 (SRQ-20), os fatores associados a este transtorno; e avaliar a relação da autoavaliação de saúde negativa com indicadores de saúde física e mental, com variáveis socioeconômicas e demográficas, e com bem estar subjetivo, nos indivíduos com 60 anos e mais. Trata-se de um estudo transversal, de base populacional, que utilizou dados de inquérito domiciliar de saúde realizado em Campinas, SP, Brasil, em 2008, com amostra por conglomerados em dois estágios. A análise dos dados levou em conta as ponderações relativas ao desenho amostral e foi feita com o uso do software STATA versão 11.0. Foram testadas as associações das diversas variáveis com a autoavaliação da saúde e o TMC. Também foram analisadas as estimativas de prevalências e calculadas as razões de prevalências ajustadas. Os resultados revelaram associação de autoavaliação de saúde com religião, escolaridade, renda, número de moradores no domicílio, possuir computador, consumo de bebida alcoólica, atividade física, consumo de frutas e verduras e índice de massa corpórea. Também foi encontrado associação com os indicadores de saúde física, saúde mental e com sentimento de felicidade. Em relação ao TMC houve uma associação com sexo, idade, renda, ocupação, atividade física, consumo de bebida alcoólica, autoavaliação de saúde e morbidades. Estes resultados apontam para desdobramentos no âmbito das ações em saúde coletiva, tais como: a) investir na autonomia e na vida saudável dos idosos; b) prover atenção adequada às necessidades com ênfase nos hábitos de vida saudáveis; c) enfatizar o trabalho na velhice, que representa uma autonomia e inserção do indivíduo; d) investir na promoção da saúde com controle adequado das doenças crônicas e da saúde mental, com atenção para o quadro depressivo na terceira idade; e) desenvolver programas de saúde e de bem-estar social voltados para os segmentos socioeconômicos menos favorecidos e identificar recursos individuais-psicológicos capazes de atuar como fatores de apoio na velhice (AU)

Processo FAPESP: 10/05504-9 - Estado de saúde de idosos: indicadores objetivos e subjetivos em estudo de base populacional no município de Campinas, SP.
Beneficiário:Flávia Silva Arbex Borim
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado