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Análise proteômica baseada em espectrometria de massas na transformação maligna do Adenoma Pleomórfico

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Autor(es):
Reydson Alcides de Lima Souza
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Fernanda Viviane Mariano; Adriana Franco Paes Leme; Claúdia Malheiros Coutinho Camillo
Orientador: Fernanda Viviane Mariano
Resumo

O Adenoma Pleomórfico (AP) representa a neoplasia mais comum das glândulas salivares. Apesar de ser uma lesão benigna, o AP pode apresentar recorrências, metástases e transformação maligna. Cerca de 6% dos casos transformam-se em um Carcinoma Ex-Adenoma Pleomórfico (CXAP). Por ser uma neoplasia incomum, a etiopatogênese do CXAP continua pobremente elucidada contudo, acredita-se que sua etiologia seja decorrente ao acúmulo de alterações genéticas e epigenéticas em um AP. No contexto de patologias, a análise proteômica auxilia para o maior entendimento dos eventos associado à carcinogênese. Baseado nestes aspectos, o objetivo deste estudo foi verificar e analisar a abundância de proteínas, por meio de espectrometria de massas, em casos de AP e CXAP e correlacionar com a transformação maligna do AP. Foram selecionados 30 casos de AP e CXAP fixados em formol e embebidos em parafina. Colorações imunoistoquímica e em hematoxilina e eosina foram performadas bem como cortes em lâminas de membranas específicas para posterior Microdissecção por captura à Laser (LCM). A microdissecção foi realizada em todas todos os casos selecionados e apenas células neoplásicas foram microdisseccionadas, coletadas e armazenadas a -80 °C. Posteriormente, apenas 10 amostras do AP, 16 amostras do CXAP e 4 amostras de AP residual (APR) seguiram para extração proteica e análise de Espectrometrias de Massas acoplada à cromatografia líquida (LC-MS/MS). A análise proteômica identificou e quantificou 240 proteínas ao todo. Foi realizado mapa de calor, agrupamento e análise dos componentes principais. Foram identificadas 39 proteínas exclusivas no AP, 4 no APR e 17 no CXAP e as proteínas CA2, AFDN e ATP3A2 foram propostas como assinatura proteica das lesões respectivamente. Em relação às proteínas compartilhadas, foram criados 6 subgrupos para avaliar a abundância das proteínas entre as lesões. Por meio das análises com e sem imputation, foram selecionadas proteínas que apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Após analisar as redes de associações que as proteínas em cada subgrupo apresentaram, as três maiores valores de Log2-ratio > 2,5 (para regulação positiva) ou > -2,5 (para regulação negativa) na média de intensidade de quantificação livre de marcadores (LFQ) foram selecionados como possíveis marcadores. Em conclusão, demonstramos e analisamos o perfil proteômico do AP ao longo da sua transformação maligna baseado em MS. Adicionalmente, 15 proteínas (AFDN, AP1M1, APOA1, ATP2A3, CA2, DCD, FABP5, FLG, HBB, HP, IgJ, KRT16, MYH9, SLC4A1 e SYCP1) foram propostas como potencial para atuarem como marcadores, podendo algumas destas estarem associadas com a progressão ou supressão da transformação maligna do AP (AU)

Processo FAPESP: 19/06809-2 - Análise de espectrometria de massa na transformação maligna do adenoma pleomorfo. correlação de dados com expressão gênica e exoma
Beneficiário:Reydson Alcides de Lima Souza
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado