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Nanoplataformas derivadas de células para o tratamento de câncer

Texto completo
Autor(es):
Paula Maria Pincela Lins
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Carlos.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Física de São Carlos (IFSC/BT)
Data de defesa:
Membros da banca:
Valtencir Zucolotto; Maria Vitoria Lopes Badra Bentley; Natalia Mayumi Inada; Leticia Gomes de Pontes; Elson Longo da Silva
Orientador: Valtencir Zucolotto
Resumo

Os nanomateriais são plataformas promissoras para a terapia do câncer devido ao seu inato acúmulo passivo em tumores. O sucesso dos mesmos na clinica depende do seu tempo dentro da circulação sanguínea e da sua acumulação no tecido alvo, fatores relacionados com a capacidade de escapar ao sistema imunológico. As nanoplataformas derivadas de células são uma tecnologia emergente para melhorar estas propriedades através do acúmulo ativo no local do tumor. Nesta tese relatamos o desenvolvimento de plataformas biomiméticas inovadoras avaliando suas interações in vitro em células modelo do microambiente tumoral. Para compreendermos melhor as nanoplataformas derivadas de células, dois nanomateriais diferentes foram sintetizados e posteriormente revestidos. Inicialmente, os nanorods de ouro (AuNRs) foram revestidos com duas vesículas derivadas de macrófagos, vesículas de membrana celular e vesículas extracelulares. Os AuNRs revestidos de membrana celular interagiram mais com a linha celular metastática de câncer e as vesículas extracelulares interagiram com a célula de origem (macrofágos). A principal diferença avaliada entre os revestimentos foi a presença da tetraspanina CD47, imunossupressor para a fagocitose. Além disso, desenvolvemos nanopartículas poliméricas com paclitaxel, revestidas com membrana celular metastática de câncer da mama. Todas as linhagens celulares mostraram uma interação preferencial para as nanopartículas revestidas com membrana celular, tendo uma interação mais pronunciada com a célula de origem e os fibroblastos. Este resultado indica o papel das moléculas de adesão nas interações homotípicas das nanopartículas às células cancerosas, além da herança da interação da célula tumoral com as células do estroma para a progressão do tumor. Como consequência, para uma maior interação com os fibroblastos, as nanopartículas foram significativamente citotóxicas. Os resultados da tese mostram como estas novas classes de nanomateriais são desenvolvidas e as suas interações com o microambiente tumoral. Além disso, estudamos mudanças na banda plasmonica dos nanorods de ouro em relação à sua composição e tamanho. Por fim, avaliamos os parâmetros de isolamento das vesículas extracelulares por distribuição de tamanho e concentração. (AU)

Processo FAPESP: 17/21869-6 - Nanomateriais teranósticos revestidos com membrana celular para aplicações em Nanomedicina
Beneficiário:Paula Maria Pincela Lins
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto