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Desempenho e metabolismo de vacas leiteiras em início de lactação recebendo doses de sais de cálcio de ácidos graxos do óleo de palma associadas ou não com a lisolecitina

Texto completo
Autor(es):
Djonatan Machado
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALA/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Flavio Augusto Portela Santos; Carla Maris Machado Bittar; Francisco Palma Rennó
Orientador: Flavio Augusto Portela Santos
Resumo

Os objetivos do presente estudo foram avaliar os efeitos da suplementação com doses de sais de cálcio de ácido graxo do óleo de palma com ou sem Lisolecitina sobre as respostas produtivas, digestibilidade dos nutrientes, ingestão e partição energética, respostas metabólicas e respostas ruminais de vacas em início de lactação em confinamento. Quarenta e quatro vacas Holandês ou ¾Holstein x ¼ Jersey, sendo 16 primíparas e 28 multíparas, em início de lactação (média ± DP no início do experimento; DEL = 20 ± 4 e 20 ± 9; produção de leite = 25 ± 3,7 kg/d e 19 ± 2,5 kg/d; PC = 553 ± 11 kg e 444 ± 14 kg, respectivamente), foram usadas em um delineamento em blocos ao acaso para o ensaio de desempenho e três vacas canuladas no rúmen foram utilizadas em um quadrado latino 3 x 3 replicado, para o ensaio que avaliou os parâmetros ruminais. As vacas foram alimentadas com silagem de milho ad libitum e com fornecimento individualizado de 9 kg de concentrado, contendo sais de cálcio de ácidos graxos do óleo de palma (CSPO) associados ou não à lisolecitina (1% de Lysoforte®, Kemin Industries, Inc. com 98% de Lisolecitina). O período experimental teve duração de 90 dias, iniciando entre a terceira e quarta semana após o parto. Os tratamentos foram controle (concentrado com 400g de CSPO sem Lisolecitina (CSPO-400); e concentrado com três níveis de CSPO com Lisolecitina a 1% (CSPOL), 280g, 340g e 400g. Os contrastes pré-planejados foram elaborados para determinar o efeito da suplementação com Lisolecitina (Lyso), comparando ambos os tratamentos com 400g de suplementação de CSPO e efeito linear (L) ou quadrático (Q) do aumento da inclusão de CSPO em presença de Lisolecitina no experimento de desempenho e efeito da Lisolecitina (Lyso) e do aumento CSPO em presença de Lisolecitina (de 280g para 400g de CSPOL) (D), no experimento que avaliou os parâmetros ruminais. O consumo de matéria seca, o consumo de nutrientes e a digestibilidade aparente desses nutrientes foram medidos duas vezes durante o período experimental (35 DEL e 65 DEL). Essas variáveis não foram diferentes entre os tratamentos CSPO e CSPOL-400. Os níveis de CSPOL tenderam a causar diminuição linear no consumo de MS e MO, e aumento linear no consumo de AG e na digestibilidade aparente de AG. Não houve efeitos do tratamento na produção de leite, componentes do leite e produção acumulada de leite. O tratamento com CSPOL-400 tendeu a causar diminuição no teor de gordura do leite e aumento no NUL em comparação com CSPO-400, enquanto os níveis de CSPOL causaram diminuição linear no teor de gordura do leite e no teor de NUL. O peso corporal (PC) da vaca, as alterações do PC e o ECC não foram afetados pela alimentação com Lisolecitina e níveis de CSPOL. A alimentação de Lisolecitina para vacas leiteiras alimentadas com 400 g de gordura inerte não teve efeito sobre a ingestão de energia, produção de energia, balanço de energia e eficiência de utilização de energia. Durante o período de tratamento, não houve efeito da Lisolecitina nas concentrações plasmáticas de proteína total, insulina NEFA e ureia. No entanto, a suplementação com Lisolecitina aumentou a concentração de glicose no plasma. Os níveis de CSPOL causaram aumento linear na concentração de glicose no plasma. A alimentação de Lisolecitina para vacas em lactação alimentadas com 400g de gordura inerte não afetou o consumo e a digestibilidade da MS e nutrientes, no pH ruminal, AGV total, proporções molares de acetato, butirato e isobutirato, na relação C2:C3 e no NH3-N ruminal concentração, mas tendeu a aumentar o propionato ruminal e a aumentar o valerato ruminal. Concluímos que a Lisolecitina não teve efeito sobre a ingestão de nutrientes e digestibilidade no trato total, perfil metabólico-hormonal, partição de energia, produção de leite e na maioria dos componentes do leite, PC e ECC de vacas no terço inicial de lactação alimentadas com 400g de CSPO. Além disso, em presença de Lisolecitina, não houve melhora no desempenho das vacas com o aumento da suplementação com gordura de palma de 280 a 400g/dia. (AU)

Processo FAPESP: 18/14214-6 - Desempenho e metabolismo de vacas no terço inicial de lactação em confinamento recebendo doses de sais de cálcio de ácidos graxos do óleo de palma associadas ou não a lisolecitina
Beneficiário:Djonatan Machado
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado