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Analise da importância da reprodução do plano oclusal na montagem de modelos em articulador semi-ajustável para cirurgia ortognática

Texto completo
Autor(es):
Érica Cristina Marchiori
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Roger William Fernandes Moreira; Cecília Luiz Pereira Stabile; José Ricardo de Albergaria Barbosa
Orientador: Roger William Fernandes Moreira
Resumo

Nas cirurgias ortognáticas bimaxilares o registro e a transferência da inclinação do plano oclusal prévia à montagem dos modelos em articulador semi-ajustável são obtidos a partir do emprego do arco facial. No entanto, várias publicações demonstraram falhas na fidelidade desse registro ao se comparar a inclinação do plano oclusal dos modelos em articulador com a inclinação obtida nas telerradiografias de perfil dos pacientes estudados, enfatizando que o plano de Frankfurt não apresenta coincidência com o arco facial e, conseqüentemente, não pode ser considerado paralelo ao braço superior do articulador. Nesse sentido, este trabalho se propôs a avaliar se a alteração da inclinação do plano oclusal em 6° no sentido anti-horário acarreta alterações significativas nas cirurgias de modelos submetidos a reposicionamento superior de maxila e avanço mandibular. Cada grupo foi constituído por 10 modelos maxilares idênticos e 1 modelo mandibular, apresentando excesso vertical de maxila e retrognatismo mandibular, com trespasse horizontal de 6mm e vertical de 1mm, sem assimetrias. Os modelos do grupo controle apresentavam plano oclusal com inclinação de 13°, enquanto que os modelos do grupo de estudo tiveram essa angulação modificada para 7°. Empregando-se a plataforma de Erickson, todas as medidas pré-operatórias foram realizadas de acordo com o método descrito por Ellis III (1990). Adicionalmente, outros 2 modelos maxilares foram montados seguindo as mesmas características dos modelos do grupo controle, denominados modelo no1 (M1) e modelo no2 (M2), submetidos a reposicionamento superior de maxila de 6mm e 10mm, respectivamente. Finalizada a cirurgia dos modelos, 2 guias intermediários foram confeccionados, sendo utilizados posteriormente para o reposicionamento superior dos modelos maxilares de ambos os grupos. Considerando o plano oclusal do grupo controle com angulação maior do que o real em relação ao braço superior do articulador (13°) e, empregando-se o guia cirúrgico intermediário confeccionado a partir das cirurgias do modelo M1 e M2 nas cirurgias dos modelos pertencentes ao grupo de estudo (plano oclusal de 7°, considerado correto), aplicando-se o teste t Student pareado, observou-se que as medidas verticais e médio-laterais aferidas não sofreram variações estatisticamente significantes. No entanto, a cada 6mm de intrusão maxilar, a posição ântero-posterior do incisivo central foi alterada 0,48mm posteriormente (p<0.05). Adicionalmente, ao se realizar 10mm de intrusão maxilar, uma média de reposicionamento posterior de 0,94mm foi observada (p<0.05). Diante dos resultados obtidos, é possível concluir que o erro no registro do plano oclusal no sentido anti-horário é capaz de posicionar a maxila posteriormente nos casos em que o reposicionamento superior da maxila é executado. No entanto, embora as variações encontradas sejam estatisticamente significantes, clinicamente são irrelevantes. (AU)

Processo FAPESP: 08/52582-5 - Analise da importancia do uso do arco facial na montagem de modelos para cirurgias ortognaticas bimaxilares.
Beneficiário:Érica Cristina Marchiori
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado