Busca avançada
Ano de início
Entree


Resposta de células pulpares a biomodificação do colágeno pela acroleína e seu efeito sobre a resistência máxima a tração da matriz dentinária e resistência da união resina-dentina

Texto completo
Autor(es):
Lays Nobrega Gomes
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Araraquara. 2020-05-07.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Odontologia. Araraquara
Data de defesa:
Orientador: Josimeri Hebling
Resumo

Objetivo: Investigar a citotoxicidade transdentinária da acroleína (ACR) sobre células pulpares e a resistência máxima à tração (RMT) da matriz dentinária e resistência da união (RU) resina-dentina após a biomodificação do colágeno dentinário por esse agente promotor de ligações cruzadas. Métodos: Discos de dentina (0,4 mm de espessura) foram obtidos de molares humanos hígidos e adaptados em câmaras pulpares artificiais. Células MDPC-23 foram semeadas na superfície pulpar desses discos e a superfície oclusal foi condicionada com ácido fosfórico por 15s. Sobre a dentina condicionada foi aplicado (n=9): água deionizada (controle), ACR 0,02%, 0,01%, 0,005%, glutaraldeído 5% (GD) ou peróxido de hidrogênio 3%. Após 60s, a superfície foi lavada e as câmaras foram incubadas por 24h. Foi avaliada a viabilidade das MDPC-23 (alamarBlue) aderidas na parede pulpar dos discos e os extratos foram aplicados em novas MDPC-23 e HDPCs (células da polpa dental humana) cultivadas em placas de cultura. Após 24h, essas células foram avaliadas quanto a viabilidade, atividade de fosfatase alcalina (ensaio da timolftaleína), presença de nódulos de mineralização (Alizarin red) e expressão gênica de ALPL, DSPP, MMP2, MMP9 e IL1B (PCRq). Vinte cinco molares adicionais foram seccionados para obter espécimes de dentina (n=50) que foram completamente desmineralizados com ácido fosfórico por 24h. Os espécimes de matriz dentinária foram tratados por 60s com: água, ACR 0,02%, 0,01%, 0,005% ou GD 5% e submetidos ao ensaio de resistência máxima à tração. Por fim, superfícies planas de dentina preparadas em 40 dentes foram condicionadas com ácido fosfórico e tratadas por 60s com água, ACR 0,01%, 0,005% ou GD 5%, seguido de lavagem. Single Bond 2 foi aplicado seguido da construção de um bloco de resina, e após 24h, foram obtidos espécimes (0,81 mm²) para o ensaio de microtração e análise de nanoinfiltração. Os dados foram submetidos aos testes de ANOVA e Tukey (α=0,05). Resultados: Houve redução significante da viabilidade das MDPC-23 semeadas no disco para a ACR 0,02%, ACR 0,01%, GD e peróxido em comparação ao controle. Entretanto, com exceção do peróxido, a maior redução observada foi de apenas 21% para o GD. Para ambas as linhagens celulares em contato com os extratos, a ACR não interferiu negativamente na viabilidade, atividade de ALP e deposição de nódulos. A expressão gênica de IL1B foi a única que não sofreu influência das soluções de tratamento da dentina. De maneira geral, a ACR 0,005% afetou a expressão de um menor número de genes. A RMT da matriz de dentina foi aumentada após a biomodificação com ACR 0,02% e GD 5%. Contudo, a biomodificação da dentina com ACR ou GD não interferiu na RU imediata, sem diferença significante entre os grupos. A presença de nanoinfiltração nas camadas híbridas produzidas sobre a dentina tratada com ACR foi comparável a observada na dentina tratada com água (controle). Conclusão: A aplicação da ACR sobre a dentina condicionada não exerceu efeito tóxico sobre células odontoblastóides e pulpares humanas, entretanto, apenas a maior concentração (0,02%) foi capaz de melhorar a resistência mecânica da matriz dentinária. Por fim, a biomodificação do colágeno pela ACR não exerceu influência na resistência de união imediata a dentina. (AU)

Processo FAPESP: 18/14105-2 - Resposta de células pulpares a aplicação de acroleína e seu efeito na estabilidade mecânica da união resina-dentina
Beneficiário:Lays Nóbrega Gomes
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado