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Avaliação dos efeitos do tenofovir na densidade mineral óssea de pacientes com hepatite B crônica não infectados pelo HIV

Texto completo
Autor(es):
Renata Dessordi
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Araraquara. 2019-07-25.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Ciências Farmacêuticas. Araraquara
Data de defesa:
Orientador: Anderson Marliere Navarro
Resumo

A hepatite B é um importante problema de saúde pública mundial e se associa a consideráveis taxas de mortalidade. As medicações de uso oral para o tratamento da hepatite B, denominados em conjunto de análogos de nucleosídeo/nucleotídeo, são de uso prolongado e apresentam potenciais efeitos colaterais, como a redução na densidade mineral óssea que está associada ao uso do tenofovir. Objetivo: avaliar os efeitos do tenofovir, em comparação com outros análogos de nucleosídeo/nucleotídeo (entecavir e lamivudina), sobre a densidade mineral óssea de um grupo de pacientes com hepatite B crônica. Materiais e Métodos: foi realizado um estudo observacional do tipo transversal com 81 pacientes adultos, com Hepatite B crônica atendidos no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto – USP nos quais realizou-se os exames de densitometria óssea (dual energy x-ray absorptiometry-DXA), análises bioquímicas de osteocalcina, deoxipiridinolina, vitamina D, paratormônio, IGF-1, TSH, testosterona, estradiol, FSH, transaminases, ureia, creatinina, cálcio total, fósforo sérico e urinário, magnésio, FGF-23 e medidas antropométricas (peso, altura e índice massa corporal). Os participantes, de ambos os sexos, foram subdivididos segundo o uso ou não de antirretrovirais sendo: Grupo 1: 27 pacientes portadores inativos do vírus sem uso de medicamentos; Grupo 2: 27 pacientes em uso de Tenofovir; Grupo 3: 27 pacientes em uso de Lamivudina ou Entecavir. Resultados: não houve diferença entre a idade média e índice de massa corpórea dos pacientes em ambos os grupos de estudo (p>0.05). Foi encontrado osteopenia nas leituras de DXA para coluna lombar dos Grupos 1: 7.4%; Grupo 2: 14.8% e Grupo 3: 3.7%. Observou-se que o marcador de formação óssea, osteocalcina estava com valores normais para todos os grupos, assim como os valores de paratormônio, IGF-1 e FGF-23. O marcador de reabsorção óssea, a deoxipiridinolina urinária, em todos os grupos apresentaram valores aumentados. Os minerais cálcio, fósforo sério e urinário e magnésio estavam adequados para todos os grupos. Conclusão: o aumento no marcador de reabsorção óssea indicou uma alta atividade reabsortiva do tecido ósseo. Estes dados apontam para uma maior atividade osteoclástica na perda óssea em pacientes infectados pelo vírus da Hepatite B sem e com o uso dos antirretrovirais. (AU)

Processo FAPESP: 16/19284-7 - Avaliação dos efeitos do tenofovir na densidade mineral óssea de pacientes com Hepatite B crônica não infectados pelo HIV
Beneficiário:Renata Dessordi
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado