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Diversidade e prospecção de fungos endofíticos de Begonia spp. encontradas na Mata Atlântica

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Autor(es):
Ana Maria Lima Correia
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Botucatu. 2016-05-19.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Biociências. Botucatu
Data de defesa:
Orientador: André Rodrigues; Simone Possedente de Lira
Resumo

Fungos endofíticos vivem no interior dos tecidos das plantas sem causar dano aparente aos seus hospedeiros. É sabido que esses fungos podem estimular as defesas da planta frente a fitopatógenos, através da produção de compostos químicos; sendo uma promissora fonte para a descoberta de novos compostos bioativos. Utilizando método dependente de cultivo, o presente estudo avaliou a diversidade de fungos endofíticos associados à Begonia fischeri, Begonia olsoniae e Begonia venosa encontradas na Mata Atlântica. Adicionalmente, foram realizados bioensaios in vitro com frações acetato dos fungos endofíticos frente aos fitopatógenos Phomopsis sojae e Colletotrichum gloeosporiodes, com o intuito de verificar a produção de compostos bioativos. Das 20 folhas analisadas de cada espécie de planta, um total de 426 fungos endofíticos foi obtido, sendo que 120 foram isolados de B. fischeri, 151 de B. olsoniae e 155 de B. venosa. Após a triagem dos isolados e sequenciamento da região ITS, as sequências foram agrupadas em Unidades Taxonômicas Operacionais (UTOs) e as métricas ecológicas aplicadas a 97% de similaridade. Utilizando tal abordagem, 46 taxa foram identificados, sendo Colletotrichum (51,6% do total de 426 isolados) e Diaporthe (22,5%) os gêneros mais abundantes, seguido por Phyllosticta (3,5%), Neopestalotiopsis (1,8%), Stagonospora (1,8%) e Nigrospora (1,6%) entre os gêneros com menor abundância. A riqueza e a diversidade de fungos foi maior em B. fischeri, quando comparada a B. olsoniae e B. venosa. Além disso, a análise de correspondência sugere que o tipo de hospedeiro pode explicar 24% das diferenças observadas entre as comunidades de endófitos, demonstrando que outras variáveis ecológicas (por exemplo, o local de coleta) também podem explicar a estrutura dessas comunidades. Dos 88 endófitos utilizados nos ensaios, as frações acetato de 26% deles (n= 23) inibiram pelo menos um fitopatógeno. Tais resultados são promissores e indicam que os fungos endofíticos dessas plantas são uma fonte ainda não explorada para a prospecção de compostos antifúngicos. (AU)

Processo FAPESP: 14/12021-5 - Fungos endofíticos de Begonia sp. encontrada na Ilha de Alcatrazes e na zona continental: diversidade e prospecção de biocompostos
Beneficiário:Ana Maria Lima Correia
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado