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Variabilidade da emissão de CO2 e atributos do solo em pastagem e sistema silvipastoril

Texto completo
Autor(es):
Deise Cristina Santos Nogueira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Jaboticabal. 2021-09-16.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. Jaboticabal
Data de defesa:
Orientador: Alan Rodrigo Panosso; José Marques Júnior
Resumo

As práticas agrícolas em conjunto com fatores e processos de formação do solo influenciam a dinâmica do carbono, resultando, assim, em diferentes intensidades nas taxas de emissão de CO2 do solo. Dessa forma, a adoção de sistemas mais conservacionistas, além de auxiliar na redução das emissões de CO2, também atende ao pedido internacional para a produção de alimentos de maneira mais sustentável, garantindo a segurança alimentar mundial. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a dinâmica do carbono em áreas de pastagem degradada e sistema silvipastoril com diferentes texturas e composição mineralógica. O estudo foi conduzido em áreas de pastagem degradada e sistema silvipastoril localizadas no município de Selvíria – MS. As leituras da emissão de CO2, temperatura e umidade do solo foram conduzidas de maio a outubro de 2018 para o estudo da variabilidade temporal e espacial dessas variáveis. Foram coletadas amostras deformadas e indeformadas de solo na camada de 0,00 – 0,10 m e 0,30 – 0,40 m para realizar as análises físicas e químicas do solo. Os dados foram analisados pela estatística clássica, geoestatística e análise multifractal simples e multifractal conjunta. Os resultados demonstraram que a emissão de CO2 diferiu entre as áreas de estudo. Os maiores valores de umidade do solo e emissão de CO2 foram observados no sistema silvipastoril ao longo do período de avaliação, contudo a temperatura do solo não foi diferente entre os sistemas. A variabilidade espacial da emissão de CO2, temperatura e umidade do solo foi mais homogênea na pastagem degradada. Os maiores teores de argila e maior concentração de óxidos de ferro observados no sistema silvipastoril resultaram nas menores perdas de carbono, uma vez que o carbono permaneceu mais tempo no solo, resultando, assim, em maior estoque de carbono nessa área em relação à pastagem degradada. Além disso, neste sistema, ocorreu maior inserção de material orgânico, visto que o grau de humificação da matéria orgânica foi menor em relação à pastagem degradada. No sistema silvipastoril, o estoque de carbono e o grau de humificação da matéria orgânica apresentaram maior variabilidade espacial em relação à pastagem degradada. A emissão de CO2 apresentou comportamento distinto em diferentes escalas nas duas áreas de estudo. A emissão de CO2 e os atributos do solo apresentaram processos semelhantes em diferentes escalas. A inclusão da textura e da mineralogia do solo aliadas à adoção de práticas agrícolas mais conservacionistas auxiliaram no melhor entendimento para identificar quais áreas agrícolas apresentaram maior capacidade para estocar carbono em seus solos, tornando-se assim aliadas na redução das emissões de CO2 do solo. Dessa forma, sistemas com maior teor de argila e mineralogia com maior predomínio de óxidos de ferro aliados a maior inserção de material orgânico e pouco revolvimento do solo como o sistema silvipastoril tenderam a ser acumuladores de carbono, reduzindo as perdas de carbono via emissões de CO2 no solo. (AU)

Processo FAPESP: 17/17532-6 - Mineralogia da fração argila na estimativa e mapeamento da emissão de CO2 no Cerrado da região do Mato Grosso do Sul
Beneficiário:Deise Cristina Santos Nogueira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado