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Avaliação do potencial genotóxico e cancerígeno do lodo de estação de tratamento de esgoto (LETE) em sistemas experimentais in vivo

Texto completo
Autor(es):
Paula Regina Pereira Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Joao Lauro Viana de Camargo; Luis Fernando Barbisan; Maria Regina Alves Cardoso; Maria Lucia Zaidan Dagli
Orientador: Joao Lauro Viana de Camargo; Paulo Hilario Nascimento Saldiva
Resumo

A rápida oxidação da matéria orgânica dos solos tropicais é mais uma evidência da grande vantagem do uso de biossólidos como condicionadores, capazes de melhorar as características físicas, químicas e biológicas do solo com grandes reflexos na produtividade agrícola. Portanto, o presente projeto objetivou averiguar o potencial genotóxico e cancerígeno dos lotes do Lodo de Estação de Tratamento de Esgoto (LETE) gerado em uma ETE prédefinida na região da bacia hidrográfica Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ1). Estes dados poderão fornecer subsídios para a avaliação do risco das populações humanas e o meio ambiente expostas ao LETE. Foram utilizados 140 ratos Wistar machos com 8 semanas de idade, expostos, via ração, a concentrações de 10.000 e 50.000ppm de LETE, durante 6 e 8 semanas, com os iniciadores DEN (N-dietilnitrosamina) e DMH (1,2- dimetilhidrazina), conforme citado nos respectivos protocolos (Figuras 4 e 5). A avaliação toxicológica do lodo de esgoto desenvolvida pelo Núcleo de Avaliação do Impacto Ambiental Sobre a Saúde Humana (TOXICAM), enfocou os parâmetros toxicológicos, como seu potencial genotóxico, pelos testes do cometa e micronúcleo em sangue periférico e medula óssea e carcinogenicidade pelos ensaios de FCA e FHA. Os dois ensaios foram divididos em 4 grupos (FCA- GI=Controle Negativo, GII=Controle Positivo/DMH III=10.000ppmLETE e GIV=50.000ppmLETE); (FHAGI= Controle Negativo, GII=Controle Positivo/DEN, GIII=10.000ppmLETE e GIV=50.000ppmLETE). Entretanto, na 3ª semana foi realizada hepatectomia parcial em todos os animais dos respectivos grupos do ensaio de FHA. No teste do cometa foram utilizados 10 animais como controle positivo (controle interno - MNU-N-metil-N-nitrosourea), e 10 animais como controle negativo nos respectivos ensaios (FCA e FHA). Os testes em questão indicaram que o LETE não promove aumento do número de criptas aberrantes no cólon, número e área de focos de hepatócitos alterados no fígado, lesões no DNA (cometa), e também, não houve aumento de forma significativa a frequência de micronúcleo nas células, conforme as tabelas a seguir: 2.1(G=III e IV); 3.1(G=IV); 4(G=,III e IV); 5(G=III,IV e V); 6(G=III,IV e V); 7(G=IV e V). Em relação ao controle positivo. Estes dados poderão fornecer suporte na avaliação de risco da população humana e o meio ambiente, quando expostos ao lodo de estação de tratamento de esgoto. (AU)

Processo FAPESP: 06/50295-3 - Avaliação do potencial genotóxico e cancerígeno do lodo de estação de tratamento de esgoto (ETE) em sistemas experimentais in vivo
Beneficiário:Paula Regina Pereira Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto