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Modulação do metabolismo muscular em camundongos exercitados e suplementados com leucina

Texto completo
Autor(es):
José Maria Costa Junior
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Everardo Magalhães Carneiro; Nelo Eidy Zanchi; José Rodrigo Pauli
Orientador: Everardo Magalhães Carneiro
Resumo

Neste trabalho investigamos os efeitos do treinamento físico aeróbio de longa duração, associado ou não com a suplementação de leucina, sobre o metabolismo protéico e glicídico em músculo soleus de camundongos Swiss. Para isso, parte dos camundongos (T) realizou protocolo de 12 semanas de exercício de natação, com 1h de duração, 5 dias/semana, sem sobrecarga, e a outra parte permaneceu sedentária (C). Metade dos animais dos grupos C e T foram suplementados com leucina (1,5%) na água para beber (grupos CL e TL, respectivamente) ao longo do experimento. Os dados foram analisados pela ANOVA Two-Way (variáveis exercício e suplementação com leucina) e o teste post hoc de Newman-Keus foi empregado nos casos de interação das variáveis. Foi adotado um valor de p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: A área abaixo da curva glicêmica durante o teste de tolerância à glicose foi maior nos grupos suplementados com leucina (CL e TL). Já a sensibilidade à insulina, estimada pelo kITT, foi maior por efeito do exercício. A fosforilação da AS160, etapa distal da cascata de sinalização que leva a captação de glicose no músculo, foi maior no grupo T em relação aos demais tanto na condição basal quanto estimulada com insulina, provavelmente via AMPK, cuja fosforilação foi maior por efeito do exercício em ambas as condições, mas diminuída por efeito da suplementação com leucina após estimulação com insulina. A fosforilação da Akt não foi afetada pelo exercício, mas foi menor no grupo CL em relação aos demais. Apesar do maior peso do músculo soleus por efeito do exercício, a síntese protéica não diferiu entre os grupos, mesmo com a maior fosforilação da mTOR na condição basal no grupo CL, e a redução por efeito do exercício após estimulação com insulina. A degradação protéica no referido músculo, contudo, foi reduzida por efeito do exercício. A expressão gênica de isoformas específicas de E2 e E3 ligases, integrantes da via proteolítica ubiquitina-proteossoma, também foi menor por efeito do exercício. Todos os indicadores de resposta ao treinamento aeróbio foram aumentados por efeito do exercício: tempo até a exaustão em teste de esforço, oconsumo máximo de oxigênio e atividade da enzima citrato sintase. Alguns destes indicadores também sofreram interferência da suplementação. Concluímos que a suplementação com leucina pode prejudicar a homeostase glicêmica e reduzir os efeitos positivos do exercício sobre a sinalização insulínica. O exercício aumentou o peso do músculo soleus ao diminuir a degradação protéica por inibição da via proteolítica ubiquitina-proteossomo, enquanto a síntese protéica não foi afetada por nenhum tratamento (exercício ou suplementação com leucina) (AU)

Processo FAPESP: 09/13244-0 - Modulação do metabolismo muscular e da secreção de insulinaem camundongos exercitados e suplementados com leucina
Beneficiário:José Maria Costa Júnior
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado