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Inter-relação paleossolos e sedimentos em lençois de areia eolica da Formação Marilia (noroeste da Bacia Bauru)

Texto completo
Autor(es):
Patrick Francisco Fuhr Dal Bo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Geociências
Data de defesa:
Membros da banca:
Francisco Sérgio Bernardes Ladeira; Fresia Ricardi Branco; Kenitiro Suguio
Orientador: Giorgio Basilici; Francisco Sérgio Bernardes Ladeira
Resumo

A Formação Marília (Maastrichtiano), na faixa de afloramentos da porção noroeste da Bacia Bauru (estados de Goiás e Mato Grosso do Sul), é interpretada neste trabalho como um antigo sistema eólico de lençol de areia. A sucessão vertical é caracterizada por arenitos muito finos a médios intercalados com paleossolos em espessas sucessões de até 150 metros de espessura. A litofácies Arenito com laminação plano-paralela, que forma corpos com estratificação cavalgante transladante subcrítica, atribuída à deposição de areias com marcas onduladas eólicas é a mais comum descrita na área de estudos. Os paleossolos representam mais de 65% do registro geológico da Formação Marília, constituídos predominantemente por Aridisols caracterizados por concentrações secundárias de carbonato de cálcio. Superfícies suborizontais de deflação eólica separam os depósitos eólicos dos paleossolos e dividem a Formação Marília em duas fases distintas de construção de corpos geológicos ligadas às variações paleoclimáticas: i) fase de sedimentação eólica, caracterizada por depósitos arenosos de marcas onduladas eólicas; ii) fase de paleopedogênese, caracterizada por Aridisols. Ambas as fases se alternaram temporalmente e, registram períodos de formação de diferentes ordens de grandeza, provavelmente maiores que 105 vezes entre a formação dos depósitos arenosos com marcas onduladas eólicas e o desenvolvimento de horizontes Bk dos Aridisols. A alternância cíclica entre depósitos eólicos e paleossolos está ligada a variações paleoclimáticas que controlaram a disponibilidade hídrica no ambiente. Durante os períodos mais secos, a ausência de cobertura vegetal expôs a superfície à ação dos ventos e formação de extensas superfícies de deflação eólica, que posteriormente foram cobertas por depósitos arenosos de marcas onduladas eólicas. Com o posterior restabelecimento da umidade atmosférica e o conseqüente aumento da cobertura vegetal, a superfície foi reestabilizada, inibindo o processo de deflação e deposição eólica e permitindo a formação de Entisols e Aridisols (AU)

Processo FAPESP: 07/02079-2 - Paleossolos de ambiente semi-árido: um análogo antigo (Formação Marília, Bacia Bauru, estados de GO, MS e SP)
Beneficiário:Patrick Francisco Führ Dal' Bó
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado