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Importância da proteína quinase ativada por AMP (AMPK) na regulação da sinalização do TGF-β e diferenciação das células T reguladoras

Texto completo
Autor(es):
Cesar Augusto Speck Hernandez
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
José Carlos Farias Alves Filho; Alexandre Salgado Basso; Leandro Machado Colli; Luiz Osório Silveira Leiria
Orientador: José Carlos Farias Alves Filho
Resumo

As células T reguladoras (Tregs) são componentes cruciais da manutenção da imunotolerância periférica e modulação da resposta inflamatória crônica. O fator de transformação do crescimento beta (TGF-β) é uma das citocinas responsáveis pela diferenciação das Tregs induzindo a expressão do fator de transcrição FOXP3, o qual é considerado o principal regulador dos genes associados a diferenciação e função destas células. A proteína quinase ativada por AMP (AMPK) é um sensor do estado metabólico celular que é ativada quando ocorre um aumento da razão de AMP/ATP intracelular. Através da fosforilação de proteínas alvo, a AMPK promove a inibição de vias anabólicas, como sínteses de proteínas, e estimulação de vias catabólicas, como a glicólise, restaurando o equilíbrio metabólico. Interessantemente, a AMPK também regula vias de sinalização que não estão diretamente associadas com o metabolismo energético. Neste contexto, foi demonstrado em fibroblastos que a AMPK inibe a via de sinalização do TGF-β por fosforilar proteínas do complexo de Smads bloqueando a sua translocação para o núcleo. Por esse motivo, nós investigamos qual é o papel de AMPKα na diferenciação de células Tregs. Após o tratamento com o TGF-β a atividade de AMPKα é reduzida significativamente, promovendo assim uma maior expressão de Foxp3 e posterior diferenciação de Tregs. A deleção específica de AMPKα nas células T potência a via de sinalização do TGF-β aumentando a fosforilação dos Smad2/3 e, portanto, a expressão de Foxp3. As células Tregs deficientes para AMPKα não somente diferenciam mais, senão a sua vez produzem mais moléculas de supressão. Essas células estão acompanhadas de alterações metabólicas caracterizadas pela diminuição do metabolismo glicolítico, aumento da respiração e atividade mitocondrial, aumento da glicosilação de proteínas, e uma menor proliferação. As células Tregs deficientes para AMPKα são estáveis e funcionais, e num modelo de desenvolvimento tumoral demostraram gerar um ambiente de imunossupressão que favorece o crescimento tumoral. Esses resultados em conjunto mostram que a diferenciação das células Tregs depende de um balanço energético que vai controlar as necessidades das células a partir dos sinais moléculas que as ativam. (AU)

Processo FAPESP: 18/23168-8 - Importância da proteína quinase ativada por AMP (AMPK) na regulação da sinalização do TGF-beta e diferenciação das células T reguladoras
Beneficiário:Cesar Augusto Speck Hernandez
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado