Busca avançada
Ano de início
Entree


Avaliação clínica e histopatológica do uso da pele de tilápia (Oreochromis niloticus) como curativo biológico oclusivo em feridas em equinos

Texto completo
Autor(es):
Sofia Cicolo da Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
André Luis do Valle de Zoppa; Carla Bargi Belli; Carlos Roberto Koscky Paier
Orientador: André Luis do Valle de Zoppa
Resumo

A pele de tilápia do Nilo tem sido usada em feridas provocadas por queimaduras em humanos e animais selvagens, apresentando ótimos resultados na cicatrização e também na redução da dor dos pacientes. Além do mais, a pele de tilápias é de baixo custo aquisitivo por ser considerada subproduto. O objetivo deste estudo foi avaliar a pele de tilápia do Nilo como curativo oclusivo em equinos, as consequências do seu uso no processo de cicatrização, de forma clínica e histopatológica. Foram utilizados sete equinos, com onze feridas que não puderam ser fechadas por primeira intenção, a maioria delas crônicas. Foram incluídos neste estudo equinos, dos dois gêneros e de todas as raças. As feridas foram mensuradas, fotografadas, biopsiadas, limpas e, por fim, foi realizada a troca do curativo de pele de tilápias semanalmente durante 28 dias. Amostras de sangue dos pacientes foram coletadas em tubos com EDTA para realização do hemograma, leucograma e fibrinogênio. O cálculo da área das feridas foi estabelecido com o programa Image J para verificar a porcentagem de contração das feridas. Observou-se que na segunda semana de tratamento há grande presença de secreção densa e amarelada, compatível com o intenso infiltrado neutrofílico no mesmo período. As feridas crônicas apresentaram processo secretivo, tornando-se feridas ativas, alterando os mecanismos de formação do tecido de granulação exuberante para a formação de um tecido cicatricial efetivo. Este curativo permitiu a diminuição do número de trocas para uma vez por semana, resultando em diminuição do estresse e da dor dos animais, e também do custo, devido ao menor número de bandagens utilizadas. Conclui-se que a pele de tilápia do Nilo, utilizada como curativo oclusivo, durante os 28 dias, melhora significativamente o processo de cicatrização com redução importante na área da ferida, acelera a cicatrização e induz resposta inflamatória aguda nas lesões dos equinos. (AU)

Processo FAPESP: 19/04850-5 - Avaliação clínica e histopatológica do uso da pele de tilápia (Oreochromis niloticus), como curativo biológico oclusivo em feridas cutâneas de equinos na rotina clínica do HOVET USP
Beneficiário:Sofia Cicolo da Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado