Busca avançada
Ano de início
Entree


Desempenho in vivo de scaffolds bioabsorvíveis de PLLA Poli(L, ácido lático) para uso na reparação óssea

Texto completo
Autor(es):
Mariana Vitelo Xavier
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Paulo Kharmandayan; Marcos Matias Motta; Rodrigo Pinto Gimenez; Adriano Fregonesi; Wan Ching An
Orientador: Paulo Kharmandayan; Sara Feldman
Resumo

Introdução: Na engenharia de tecidos a escolha adequada do biomaterial envolve inúmeros fatores como suas características físico químicas, custos de produção, tipo de aplicação, durabilidade, biocompatibilidade e outros. Uma grande variedade de biomateriais tem sido utilizada e o polímero poli (L, ácido lático) tem sido um dos mais vantajosos e usados dentre eles, porém seu custo o torna caro e difícil de produzir. Desta forma, se torna importante os estudos de síntese e redução de custos da produção destes materiais. Objetivo: Sintetizar o PLLA desenvolvido pelo Instituto de Biofabricação (Biofabris) em Projeto Temático (Processo FAPESP n° 2008/57860-3), para analisar a biocompatibilidade deste biomaterial e também uma comparação de custo da produção do biomaterial nacional e da importação do biopolímero. Método: Projeto de participação binacional em duas etapas, sendo a primeira da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, com objetivo de realizar a síntese, esterilização e análise de custo de produção do biomaterial. A segunda fase, envolve ensaios de biocompatibilidade propostos na ISO 10993, na Faculdade de Ciências Médicas da UNR Argentina, onde foram realizadas as cirurgias em coelhos New Zealand, fêmeas, de 16-20 semanas de idade, de acordo com as regras do comitê de Ética no Uso de Animais de número 44371/0028 com nome de projeto "1MED423- Engenharia de Tecidos ósseos ou cartilaginosos". Total de 12 coelhos foram separados em 2 grupos de 6 animais, para estudos de 6 e 9 meses pós-implante e subdivididos em grupos, controle (lesão sem inserção de PLLA) e grupo PLLA (lesão + PLLA). Após cada período, os animais foram sacrificados, estudos histológicos, histomorfométricos, tomográficos, sanguíneos e hepáticos foram realizados para compreender a biocompatibilidade. Resultados: Os dados histológicos revelaram que o biomaterial não gerou resposta inflamatória exacerbada nem formação de superfície fibrosa sugestiva de reação de corpo estranho. Ademais, a regeneração óssea circundante à lesão realizada, reforçaram as imagens vistas em tomografia, onde mostraram resultados com diferenças significativas entre grupo controle e grupo de implantados, onde o grupo PLLA de 6 meses pós-implante apresentou uma proporção estimada 62% tecido ósseo, e o grupo sem PLLA de 30%, já os animais de 9 meses (controle e implantados), apresentaram respectivamente 66% e 31%, mantendo a diferença significativa e resultados promissores. Já quando analisadas amostras de sangue e estudos sorológicos de perfil hepático, animais controles e implantados não apresentaram diferenças significativas, mostrando que a degradação do biomaterial e sua resposta inflamatória não alteraram os valores hematológicos e enzimas hepáticas. Por fim, comparando os custos para cada grama de PLLA importada de R$11,49 e R$13,92 com o valor obtido de R$8,43 para PLLA sintetizada em laboratório, calcula-se uma diferença de R$3,06 entre PLLA sintetizada e PLLA importada (TCI America™?) e uma diferença de R$5,49 para PLLA sintetizada em laboratório em relação à PLLA importada (ACROS Organic™?). Conclusão: Dados demonstram que o biomaterial é biocompatível e o custo do PLLA sintetizado é inferior ao valor da importação do biomaterial polimerizado (AU)

Processo FAPESP: 17/03249-0 - Processamento, caracterização e desempenho in vivo de scaffolds bioreabsorvíveis de PLLA Poli (L, ácido lático) para uso na reparação óssea
Beneficiário:Mariana Vitelo Xavier
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto