Resumo
A busca por drogas para tratamentos específicos tem levado pesquisadores à procura por novos métodos de liberação de fármacos que proporcionem maior eficácia no tratamento, e melhores condições para os pacientes. Isso envolve tempo e custo do tratamento, forma de administração da droga e reações adversas geradas pelos fármacos. Contanto, microesferas de polímeros biorreabsorvíveis tem se mostrado promissoras para tal aplicação, pois são biocompatíveis, mecanicamente resistentes, fáceis de fabricar, oferecem flexibilidade na dosagem e na cinética de liberação, são degradados por reações simples de hidrólise, produzem subprodutos não tóxicos, entre outros. Os polímeros biorreabsorvíveis mais explorados na área da saúde são os poli(a-hidróxi ácidos) como o poli (ácido glicólico) (PGA), a poli(e-caprolactona) (PCL), a poli(para-dioxanona) (PPD) e o poli(L- ácido lático) (PLLA) e seus copolímeros. O PLDLA um copolímero do ácido lático possui boas propriedades mecânicas e tempo de degradação adequado para a liberação de fármacos. Patologias ósseas e regeneração do tecido onde ocorreram fraturas são algumas das aplicações de microesferas. A sinvastatina, uma droga que diminui o colesterol, mas que tem como um efeito pleiotrópico a melhora da regeneração óssea mostra-se adequada para associação à microesferas no tratamento do tecido ósseo. Elas atuam nos mecanismos de formação óssea aumentando a expressão de BMP-2, que estimula a proliferação e diferenciação de osteoblastos. Na reabsorção óssea atuam diminuindo a formação e função de osteoclastos, controlando assim o metabolismo ósseo.Neste trabalho serão realizados estudo in vitro através de técnicas como espalhamento de luz laser (LLS), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE); e in vivo com implante de microesferas de PLDLA com e sem sinvastatina em calota craniana de ratos. Finalizados os tempos pós-cirúrgicos, será realizada análise histológica buscando-se indícios de regeneração tecidual.
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