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Integração de genômica de populações e modelagem biofísica de dispersão por correntes oceânicas para inferência da conectividade de árvores de mangue do litoral brasileiro

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Autor(es):
André Guilherme Madeira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Vicente. 2022-08-25.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Biociências. São Vicente
Data de defesa:
Orientador: Gustavo Maruyama Mori
Resumo

A dispersão é um mecanismo crucial, permitindo que populações e espécies possam alcançar novos recursos e explorar novas condições ambientais. No entanto, descrever mecanismos de dispersão de espécies que podem estar distribuídas por grandes áreas pode ser custoso ou mesmo inviável, como é o caso para as árvores de mangue. A influência das correntes oceânicas na dispersão dos propágulos de mangue tem sido cada vez mais evidente; entretanto, poucos estudos relacionam mecanisticamente os padrões de distribuição populacional com a dispersão pelas correntes oceânicas de forma integrada. Nesse trabalho, avaliamos o papel das correntes oceânicas na dispersão e conectividade do mangue vermelho, Rhizophora mangle, ao longo da costa do Sudoeste do Atlântico. Inferimos a estrutura populacional as taxas de migração a partir de polimorfismos de base única, simulamos o deslocamento de propágulos ao longo da região do Sudoeste do Atlântico e testamos nossas hipóteses com testes de Mantel e análise de redundância. Observamos uma estrutura genética de populações composta por dois grupos, norte e sul, que é corroborada por outros estudos com R. mangle e outras plantas costeiras. As taxas de migração recentes inferidas não indicaram migração atual entre os locais amostrados. Por outro lado, inferências de migração históricas demonstraram baixas taxas de migração entre os grupos e padrões de dispersão diferentes para cada um deles, o que está de acordo com o esperado para eventos de dispersão a longa distância. Nossos testes de hipóteses sugerem que tanto o isolamento por distância quanto o isolamento por resistência (derivado das correntes oceânicas) podem explicar a variação genética neutra de R. mangle na região. Nossas descobertas expandem o conhecimento atual sobre conectividade de mangues e revelam como a combinação de evidências moleculares e modelagens oceanográficas ampliam a capacidade de interpretação do processo de dispersão, que têm implicações ecológicas e evolutivas. (AU)

Processo FAPESP: 20/07967-8 - Integração de genômica de populações e modelagem biofísica de dispersão por correntes oceânicas para inferência da conectividade de árvores de mangue do litoral brasileiro
Beneficiário:Andre Guilherme Madeira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado