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Participação da irisina no controle cardiorrespiratório e metabólico de ratos adultos

Texto completo
Autor(es):
Mariana Bernardes Ribeiro
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Jaboticabal. 2022-09-06.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. Jaboticabal
Data de defesa:
Orientador: Luciane Helena Gargaglioni Batalhão
Resumo

A irisina é um hormônio constituído por 112 aminoácidos recém-identificado, derivado de uma proteína transmembrana codificada pelo gene fibronectina tipo III contendo 5 genes (FNDC5), que está altamente relacionado à atividade metabólica do músculo esquelético e do tecido adiposo, possuindo uma similaridade de 100% entre ratos e humanos. Sabe-se que a concentração da irisina aumenta durante o exercício físico trazendo efeitos benéficos para vários tecidos, inclusive para o sistema nervoso, promovendo neuroplasticidade, uma vez que a irisina parece estar associada a proliferação e diferenciação neural. Recentemente também foi demonstrado que esse hormônio modula as funções cardiovasculares podendo atuar como um importante mensageiro entre os órgãos para integrar o gasto de energia com a atividade cardiovascular. Entretanto, pouco se sabe sobre a participação da irisina no controle cardiorrespiratório e metabólico. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da injeção intracerebroventricular (icv) de veículo ou irisina (IR, 0,425 e 1,66 µg/µL) no quarto ventrículo (4V) de ratos adultos sobre ventilação (VE), consumo de oxigênio (VO2), equivalente respiratório (VE / VO2), temperatura corporal (TC), pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC) durante o estado de vigília e sono frente a exposição ao ar ambiente, hipercapnia (7% CO2) e hipóxia (10% O2). O tratamento com irisina centralmente com a menor concentração (0,425 µg/µL), promoveu uma redução na VE em condições de ar ambiente durante a vigília, culminando em uma hipoventilação (menor VE / VO2). Durante a exposição as condições de ar ambiente, os animais tratados com a maior concentração de irisina (1,66 µg/µL), também apresentaram uma redução da VE e da fR. Os animais tratados com a maior concentração de irisina quando expostos a altos níveis de CO2 apresentaram um aumento na VE, em decorrência de um maior VT e uma redução no VO2, o que acarretou em uma maior hiperventilação (maior VE / VO2) durante a vigília. As duas concentrações de irisina atenuaram a hipotermia induzida pela hipóxia. Em relação aos parâmetros cardiovasculares, a injeção central de irisina na menor concentração causou um aumento significativo na FC em todas as condições durante o sono e a vigília, sem alterar a PAM. Enquanto o tratamento com a maior concentração, promoveu um aumento da FC nos animais quando expostos a hipóxia durante os estados de sono e vigília e durante a hipercapnia em estado de sono. Nossos dados demonstram que a irisina exerce um efeito inibitório no controle da respiração em condição de ar ambiente e potencializa a resposta hiperventilatória sob hipercapnia, promovendo um aumento da VE e inibindo o VO2 durante a vigília. Além disso, essa miocina exerce uma modulação excitatória na FC e atenua a queda da temperatura corporal em condição de baixo O2. (AU)

Processo FAPESP: 20/02918-9 - Participação da irisina no controle cardiorrespiratório e metabólico de ratos adultos
Beneficiário:Mariana Bernardes Ribeiro
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado