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Investigação dos circuitos neurais mediando a esquiva ativa instrumental e a esquiva contextual não instrumental.

Texto completo
Autor(es):
Juliette Marguerite Alix Viellard
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/SDI)
Data de defesa:
Membros da banca:
Newton Sabino Canteras; Dixie Caroline Blanchard; Antonio de Pádua Carobrez; Cyril Herry; Yann Humeau; Deborah Suchecki
Orientador: Newton Sabino Canteras
Resumo

Mamíferos, incluindo roedores, mostram uma ampla gama de comportamentos defensivos como forma de lidar ativamente, como comportamentos de esquiva, ou passivamente, como comportamento de congelamento (freezing). A resposta de esquiva é uma resposta aprendida na qual um indivíduo assume o controle em situações perigosas para lidar com ameaças. Uma forma de esquiva investigada é a esquiva ativa sinalizada, na qual os indivíduos são treinados a se esquivar de um estímulo aversivo fazendo uma tarefa aprendida em resposta a apresentação de uma pista previamente associada ao estímulo aversivo. Foi evidenciado que o CPFdm desempenha um papel importante na codificação da aquisição e expressão de congelamento, bem como nas respostas de esquiva. No entanto, sua contribuição para a aquisição e expressão do comportamento de esquiva não é clara e os circuitos neurais do processamento do CPFdm ainda não foram descobertos. Para resolver essa questão, desenvolvemos um novo paradigma comportamental, no qual o camundongo tem a possibilidade de freeze passivamente ao estímulo aversivo ou evitá-lo ativamente em função de contingências contextuais. Nessa primeira parte do projeto, estudamos o papel da via entre o CPFdm e a PAG na esquiva ativa sinalizada e sua relação com o congelamento. Nossos resultados indicam que (i) o CPFdm e a dl/lPAG são ativadas durante o comportamento de esquiva, (ii) a inibição optogenética dessa via bloqueou a aquisição de esquiva condicionada mas não alterou a resposta de congelamento. Uma forma não instrumental de esquiva, foi investigada, onde o indivíduo aprende a evitar o ambiente aversivo usando apenas pistas contextuais e exibindo comportamentos de avaliação de risco em relação ao ambiente aversivo. Nesta situação foi demonstrado que uma via específica septohipocampohipotalâmico- tronco encefalico está envolvida. Esta análise revelou que o núcleo pré-mamilar dorsal (PMD) deva estar criticamente envolvido na expressão de esquiva passiva. Nos analisamos como a manipulação do PMD e suas projeções para seus principais alvos influencia os processos de expressão e re-consolidação da esquiva passiva contextual. Nossos resultados mostraram que (i) uma via específica septohipocampo-hipotalâmico-tronco encefálico está envolvida em nosso paradigma de esquiva passiva. (ii) O silenciamento do PMD durante a exposição ao contexto prejudica tanto a expressão de esquiva quanto a reconsolidação de memória e que (ii) a inibição no nível terminal prejudica a expressão e a reconsolidação de memória tanto em dlPAG quanto em AMv. investigamos essas questiões com a análise imunoquímica de Fos, manipulações de circuitos neurais usando técnicas optogenéticas e fármacogenéticas. (AU)

Processo FAPESP: 16/08640-7 - Estudo dos circuitos neurais mediando a esquiva ativa instrumental e a esquiva contextual não-instrumental.
Beneficiário:Juliette Marguerite Alix Viellard
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado