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Complexos metálicos de ouro, paládio e prata no tratamento do carcinoma de células escamosas de pele

Texto completo
Autor(es):
Tuany Zambroti Cândido
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Carmen Silvia Passos Lima; José Augusto Rinck Júnior; Renata Ferreira Magalhães; Marco Vinícius Chaud; Rogério Heládio Lopes Motta
Orientador: Carmen Silvia Passos Lima; João Ernesto de Carvalho
Resumo

O carcinoma de células escamosas (CCE) de pele é um dos tumores mais comuns no mundo. A cura para pacientes com CCE de pele é obtida, em geral, com a ressecção cirúrgica do tumor, que pode causar alterações estéticas e funcionais, já que os tumores surgem em áreas expostas do corpo. Assim, a descoberta de novas terapêuticas para portadores o tumor é de extrema relevância. Os pesquisadores do nosso grupo produziram quatro complexos contendo ouro, paládio e prata como potenciais agentes antitumorais. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos antitumorais de complexos de ouro com mercaptotiazolina (AuMTZ), ouro com trifenilfosfina (AuDMAP), paládio com desoxialiina (PdSAC) e prata com nimesulida (AgNMS) no CCE de pele. O efeito antiproliferativo dos compostos foi avaliado em linhagem não tumoral de queratinócitos humanos imortalizados (HaCaT) e 13 linhagens tumorais humanas diversas, incluindo duas linhagens de CCE de língua (SCC4 e SCC15) e uma linhagem de CCE de orofaringe (FaDu), seguindo o protocolo NCI60. Devido às maiores atividades antiproliferativas em menores concentrações, o AuMTZ e a AgNMS foram selecionados para terem suas eficiências e seguranças avaliadas no modelo de CCE de pele induzido por 7,12-dimetilbenzantraceno/12-o-tetradecanoil-forbol-13-acetato (DMBA/TPA) em camundongos. Os animais receberam curativos de celulose bacteriana contendo os complexos selecionados (1 mg/cm2) durante 21 dias. Ao término do tratamento metade do número de animais foi submetida à eutanásia e os demais foram acompanhados clinicamente por 21 adicionais. O peso corporal dos animais foi avaliado a cada sete dias e coletas de sangue, pele (área da lesão) e alguns órgãos internos foram realizadas ao término dos experimentos. A AgNMS reduziu a dimensão dos tumores sem toxicidade sistêmica e a regressão se manteve após a suspensão do tratamento. Já o AuMTZ não reduziu a dimensão dos tumores, não causou toxicidade sistêmica, mas provocou queimaduras em animais com pele íntegra (sem tumores), que regrediram com a interrupção do tratamento. O AuMTZ foi capaz de ativar caspases em ensaios de citometria de fluxo. Assim, a aplicação de AgNMS em curativo de celulose mostrou-se bastante promissora para tratar o CCE de pele mas, o mesmo não pode ser dito para o AuMTZ nesta apresentação (AU)

Processo FAPESP: 16/07729-4 - Complexos metálicos de ouro, paládio e prata no tratamento do carcinoma de células escamosas de pele
Beneficiário:Tuany Zambroti Cândido
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado