Busca avançada
Ano de início
Entree


Mecanismos de ação envolvidos nos efeitos do ácido graxo linoleico sobre a cicatrização de feridas em camundongos diabéticos: enfoque na resposta inflamatória e na angiogênese

Texto completo
Autor(es):
Jéssica Rondoni Silva Fernandes
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Limeira, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Aplicadas
Data de defesa:
Membros da banca:
Hosana Gomes Rodrigues; Adriana Souza Torsoni; Fernando Moreira Simabuco; Alexandra Ivo de Medeiros
Orientador: Hosana Gomes Rodrigues
Resumo

Com base na literatura sabe-se que a administração oral de ácido graxo linoleico (LA) melhora diferentes fases do reparo tecidual em condições normais. Entretanto, pouco se sabe sobre seus efeitos no tratamento de feridas em diabéticos. O aumento descontrolado da glicemia, a exacerbação e cronificação da resposta inflamatória são fatores que contribuem para o atraso na cicatrização de feridas diabéticas. Sendo a inflamação a primeira das 3 fases que ocorrem no processo de cicatrização de feridas, é de vital importância que se atente a terapias que acelerem essa fase, trazendo assim, uma rápida resolução da ferida. Desta forma, este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da administração oral de ácido linoleico na cicatrização de feridas de camundongos submetidos ao diabetes tipo I (DM) (Comitê de Ética: 5466-1/2020). Para tal, camundongos C57black/6 machos foram distribuídos em três grupos: (C) controle; (D) animais diabéticos induzido por estreptozotocina e (DLA) animais diabéticos suplementados com linoleico. Analisamos: parâmetros nutricionais, composição lipídica no soro e na ração, fechamento da ferida, ensaio de propriedades mecânicas da pele, analise microscópica da pele sem lesão, produção de citocinas e fatores de crescimento, imunofenotipagem das feridas, PCR array de angiogênese. Com base nos nossos resultados, vimos que a suplementação de LA não alterou parâmetros nutricionais em comparação ao grupo D, mostrando que as diferenças observadas eram em decorrência da suplementação apenas, e não as alterações no estado nutricional dos animais. Vimos também que a administração oral de LA acelerou o fechamento da ferida, bem como foi capaz de modular a incorporação de ácidos graxos no soro e alterou propriedades elásticas da pele. As análises de PCRarray sugerem que no grupo DLA houve modulação de vias envolvidas com migração, proliferação, angiogênese e sinalização de fatores de crescimento. Com base na citometria de fluxo vimos que DLA diminuiu a população de neutrófilos, 1 dia após a lesão, com relação ao grupo diabético e além disso, modulou a expressão de CXCL1. Juntos esses resultados sugerem que a via CXCL1 pode ser uma das responsáveis pelo resestabelecimento do fechametno de feridas observado em animais diabéticos suplementado com LA. Concluimos que a suplementação oral de animais diabéticos com LA acelera o fechamento da ferida por mecanismos que parecem depender da via de CXCL1, com a ativação de neutrófilos, e suas funções consequentes funções como modulador da fase inflamatória da cicatrização de feridas de camundongos diabéticos (AU)

Processo FAPESP: 19/00596-7 - Mecanismos de ação envolvidos nos efeitos do LA sobre a cicatrização de feridas em camundongos diabéticos: enfoque na resposta inflamatória e na angiogênese
Beneficiário:Jessica Rondoni Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado