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Efeitos da promoção de estilo de vida saudável em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico no risco cardiovascular: o ensaio clínico randomizado e controlado Vivendo bem com lúpus (Living well with lupus)

Texto completo
Autor(es):
Sofia Mendes Sieczkowska
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Bruno Gualano; Fabiana Braga Benatti; Fernanda Rodrigues Lima
Orientador: Bruno Gualano
Resumo

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença reumática autoimune caracterizada por uma variedade de sintomas, como, por exemplo, lesões de pele, artrite, distúrbios renais, distúrbios neurológicos, ou alterações hematológicas. Pacientes com LES apresentam uma alta prevalência de doenças cardiovasculares, sendo essas as principais causas de morbidade e mortalidade na doença. Intervenções de estilo de vida (prática de atividade física e intervenções nutricionais) são estratégias não farmacológicas que têm um grande potencial para melhorar a saúde cardiovascular desses pacientes. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos de uma intervenção de estilo de vida em fatores de risco cardiometabólicos em pacientes com LES. As pacientes foram aleatoriamente alocadas em dois grupos: grupo intervenção ou controle. A intervenção teve uma duração de 6 meses, com o foco na mudança no estilo de vida, por meio da recomendação personalizada de atividade física (estruturada e não estruturada) e mudanças no consumo e estrutura alimentar. Antes e ao final da intervenção, foram realizadas as seguintes avaliações: (1) escore de risco cardiometabólico (desfecho primário), (2) antropometria e gordura visceral, (3) capacidade aeróbia, (4) pressão arterial, (5) coletas sanguíneas, função endotelial, e (7) nível de atividade física e consumo alimentar. Na análise por intenção de tratar, não houve interação significante entre grupo e tempo nos parâmetros de risco cardiovascular, composição corporal, fatores cardiometabólicos, marcadores inflamatórios, marcadores de estresse oxidativo, parâmetros do teste de exercício cardiopulmonar e função endotelial. Houve uma interação no marcador inflamatório de velocidade de hemossedimentação (VHS), mas não foi observada diferença significativa na análise de post hoc (DME: 2,2; 95%IC: -12,6;8,2; p=0,94). Na análise per protocol, não houve diferença significante na interação grupo e tempo na maioria dos parâmetros, apenas na interação no IMC e no marcador inflamatório de VHS, mas ambos desfechos não mantiveram diferença significativa na análise de post hoc [IMC (DME: 0,8; 95%IC: -1,6;3,2; p=0,8); VHS (DME: -1,7; 95%IC: -12,6;9,2; p=0,97)]. Não foram observadas diferenças também quando analisados os subgrupos aderentes e não aderentes. Pode-se concluir que após 24 semanas de uma intervenção pautada na mudança do estilo de vida em pacientes com LES, não foram observadas diferenças significativas na interação do desfecho primário e desfechos secundários (AU)

Processo FAPESP: 19/15231-4 - Promoção de estilo de vida saudável em pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico: efeitos sobre os riscos cardiometabólicos o ensaio clínico randomizado e controlado living well with Lupus
Beneficiário:Sofia Mendes Sieczkowska
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado