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Estudo eco-epidemiológico de arboviroses em primatas não humanos no Estado de São Paulo

Texto completo
Autor(es):
Leonardo La Serra
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Luiz Tadeu Moraes Figueiredo; Mirela Darc Ferreira da Costa; Rodrigo de Carvalho Santana; Ricardo Luiz Moro de Sousa
Orientador: Luiz Tadeu Moraes Figueiredo; Gilberto Sabino dos Santos Júnior
Resumo

As viroses transmitidas por artrópodes (arboviroses) causam epidemias de importantes doenças humanas representando graves problemas de saúde pública em países tropicais e subtropicais. Vírus das famílias Togaviridae (Mayaro e Chikungunya) e Flaviviridae (Dengue, Zika, febre amarela e SLEV) tem sido encontrado nos últimos anos no Brasil como emergentes ou reemergentes. Animais selvagens tem sido identificados por estarem infectados com esses arbovírus, incluindo primatas não humanos (PNH). Nesse contexto, foram objetivos dessa Tese: (i) detectar e identificar arbovírus em amostras de sangue, saliva, fezes e urina de PNH de vida livre, em cativeiro ou encontrados mortos, na Região Nordeste e Noroeste do Estado de São Paulo por semi-nested multiplex RTPCR; (ii) verificar infecção ativa dos arbovírus encontrados nas amostras biológicas dos animais através de isolamento viral quando possível, (iii) e caracterizar o genoma através de sequenciamento nucleotídico, análises filogenéticas e epidemiologia molecular dos vírus detectados (iv) e, avaliar os aspectos ecológicos ligados à detecção de arbovírus em PNH detectando zonas de risco para infecção pelos arbovírus estudados na Região Nordeste e na Noroeste do Estado de São Paulo. Encontramos evidência de uma cocirculação silenciosa de diversos arbovírus Flavivirus de interesse para a saúde pública em PNH coletados em zonas urbanas. Os flavivírus DENV1, DENV2 e DENV3, YFV, ZIKV e SLEV foram encontrados infectando PNH da região Nordeste e Noroeste do estado de São Paulo; foi observada a infecção inédita por SLEV em primata Saguinus midas; SLEV e ZIKV foram encontrados em amostras de saliva e swab retal dos PNH, mostrando um risco para uma possível transmissão não vetorial dos vírus, o que precisa ser comprovada em futuros estudos; coinfecções de SLEV e ZIKV, assim como ZIKV e DENV3 foram observadas nos PNH. Foi possível verificar que a cidade de Ribeirão Preto é uma zona de risco para arboviroses, particularmente na região central e nas cercanias do Bosque Zoológico. Futuros estudos são necessários para verificar a presença de ciclos mantenedores dos Flavivírus DENV, SLEV e ZIKV entre os PNH, vetores e os seres humanos. (AU)

Processo FAPESP: 16/25763-5 - Estudo eco-epidemiológico do Vírus Zika na região Nordeste do Estado de São Paulo
Beneficiário:Leonardo La Serra
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado