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A ação anti-inflamatória da interleucina-10 em resposta ao treinamento físico reduz a progressão da doença de Alzheimer em modelo experimental

Texto completo
Autor(es):
Rafael dos Santos Brícola
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Limeira, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Aplicadas
Data de defesa:
Membros da banca:
Eduardo Rochete Ropelle; Bruno de Melo Carvalho; Igor Luchini Baptista
Orientador: Eduardo Rochete Ropelle
Resumo

A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva que resulta em comprometimento cognitivo dos pacientes acometidos ao longo do tempo. A etiologia da doença é multifatorial, tendo alguns contribuintes bem estabelecidos, dentre eles o aumento da expressão gênica da proteína precursora de Amilóide (app) e o aumento da expressão gênica de presenilina-1 (ps1) que contribuem diretamente para o acúmulo de proteínas beta amiloides (AB). As proteínas beta-amiloide são neuro-tóxicas e se acumulam, cronologicamente, e formam placas senis no tecido neural, sendo estes, aglomerados proteicos altamente tóxicos. Postula-se que a inflamação crônica possa contribuir para o acúmulo de beta-amilóide e a formação de placas senis no hipocampo e no córtex ao longo do tempo. Por outro lado, estudos demonstraram que o exercício físico é capaz de melhorar as respostas sinápticas no hipocampo, reduzindo marcadores inflamatórios, o acúmulo de ?A, bem como a formação de placas senis e melhorando as respostas cognitivas. No presente estudo, através de análises in sílico observamos que humanos com DA possuem elevados níveis de marcadores inflamatórios no córtex pré-frontal e relatamos que o treinamento físico aeróbio provocou uma potente resposta anti-inflamatória, reduziu a ativação microglial e a deposição de proteínas beta amiloide no hipocampo de camundongos APPswe/PS1?E9 (APP/PS1+) e preveniu o declínio cognitivo no modelo de camundongo da DA. Também observamos que camundongos wild type e APP/PS1+ possuem alta expressão de IL10 no tecido hipocampal após uma sessão de exercício físico. Além disso, o tratamento intranasal com IL10 recombinante (IL10r) em camundongos wild type foi capaz de ativar sua via de sinalização. Somado a isto, camundongos APP/PS1+ que receberam IL10r intranasal apresentaram melhora cognitiva. Assim, concluímos que a atividade anti inflamatória de IL10 está vinculada aos benefícios cognitivos promovidos pelo treinamento físico em indivíduos pré-dispostos a Doenç a de Alzheimer (AU)

Processo FAPESP: 20/03142-4 - Efeito do exercício físico sobre a UPRmt, função mitocondrial e o acúmulo de beta-amilóide no hipocampo de camundongos APOE-/-
Beneficiário:Rafael dos Santos Brícola
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado