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Avaliação das condições sistêmica e bucal de mulheres durante a gestação e o peso do bebê ao nascer: uma coorte prospectiva

Texto completo
Autor(es):
Bruno Gualtieri Jesuino
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Bauru.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/SDB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Sílvia Helena de Carvalho Sales Peres; Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado; Juliane Avansini Marsicano
Orientador: Sílvia Helena de Carvalho Sales Peres
Resumo

O objetivo do trabalho foi avaliar as condições sistêmica, periodontal e qualidade de vida de mulheres desde a 27ª semana de gestação e após o nascimento dos bebês, durante a pandemia de COVID-19. Foram divididos dois grupos por meio do desfecho: mães de bebês com peso normal (G1=60) e mães de bebês com peso abaixo do normal no nascimento (G2=16). Foram avaliadas as variáveis: escolaridade, renda mensal familiar, parâmetros antropométricos, saúde sistêmica, condição periodontal, hábitos de higiene bucal, qualidade de vida relacionada à saúde bucal (OHIP-14), dados do bebê ao nascer e diagnóstico de COVID-19 na gestação. Foram realizados testes estatísticos para comparação entre os grupos dentro de um mesmo período, além de avaliar sua evolução e buscar quais variáveis foram associadas ao peso ao nascer abaixo do normal (p<0,05). Mães do G1 apresentaram um ganho ponderal maior na gestação, houve redução do quadro de hipertensão arterial em ambos os grupos e redução do quadro de diabetes mellitus no G1. Com relação às variáveis periodontais, houve aumento na porcentagem de placa dentária, profundidade de sondagem e nível clínico de inserção entre os períodos para ambos os grupos, além disso, aumentaram os casos de periodontite entre os períodos nas pacientes do G1. Quando as variáveis relacionadas a qualidade de vida são avaliadas dentro de um mesmo período, percebe-se que o G2 apresentou maior impacto na dimensão limitação funcional na gestação. Quando foi avaliada a evolução dessas dimensões ao longo do tempo, percebe-se que para o G1 houve aumento de impacto na dimensão desconforto psicológico. Já para o G2, houve aumento de impacto na dimensão incapacidade física. Quando foram avaliados os dados do bebê ao nascer, as mães do G1 tiveram bebês mais altos, com maior IMC e com mais semanas de gestação. O ganho de peso na gestação se mostrou significativo (p=0,02) no modelo de regressão logística, sendo que, ao se aumentar em uma unidade do peso na gestação, diminui-se a chance de ter um bebê com peso abaixo do normal em 11,3% [IC=2,4%-20,4%]. Conclui-se que o G1 apresentou ganho ponderal excessivo na gestação. Houve melhora na saúde sistêmica e piora da saúde bucal, ambos os grupos. A qualidade de vida mostrou diferenças entre os grupos nas dimensões, em G1 houve desconforto psicológico e em G2 limitação funcional na gestação e incapacidade física. As mães do G1 tiveram bebês mais altos, com maior IMC e mais semanas de gestação, sendo que o ganho de peso na gestação foi um fator de proteção para reduzir a chance de ter um bebê com peso ao nascer abaixo do normal. (AU)

Processo FAPESP: 21/06053-5 - Avaliação das condições sistêmica e bucal de mulheres durante a gestação e o peso do bebê ao nascer: uma coorte prospectiva
Beneficiário:Bruno Gualtieri Jesuino
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado