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Desenvolvimento e aplicação de novos materiais poliméricos à base de quitosana, gelatina e extrato de casca de romã (Punica Granatum L.) para revestimento e melhoria da qualidade pós-colheita de morangos (Fragaria × ananassa Duch.)

Texto completo
Autor(es):
Mirella Romanelli Vicente Bertolo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Carlos.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Química de São Carlos (IQSC/BT)
Data de defesa:
Membros da banca:
Stanislau Bogusz Junior; Renato Lajarim Carneiro; Daniel Souza Corrêa; Ana Elizabeth Cavalcante Fai; Bianca Chieregato Maniglia
Orientador: Stanislau Bogusz Junior
Resumo

As perdas pós-colheita de alimentos são definidas como modificações ou reduções mensuráveis em sua qualidade e/ou quantidade, depois de colhidos, que os tornam inadequados para o consumo humano. Na prática, são decorrentes de doenças causadas por fungos e bactérias, desordens fisiológicas e danos físicos às frutas. Novas tecnologias de conservação de baixo custo vêm sendo desenvolvidas para reduzir as perdas pós-colheita de alimentos, como o uso de revestimentos poliméricos naturais. Desta forma, o objetivo geral desta tese foi o desenvolvimento de revestimentos à base de quitosana, gelatina e extrato de casca de romã para a manutenção da qualidade físico-química, microbiológica e sensorial de morangos. A formulação do revestimento foi otimizada com o auxílio de ferramentas quimiométricas, e o revestimento contendo 0,8% de quitosana, 0,2% de gelatina e 1 mg g-1 de extrato de casca de romã foi aplicado em morangos em seu período pós-colheita. As propriedades físico-químicas e microbiológicas dos frutos revestidos foram comparadas às de frutos controle (sem revestimento). Os frutos revestidos apresentaram menores porcentagens de perda de massa e de contaminação fúngica ao longo do armazenamento, e mantiveram sua coloração e sua firmeza. O revestimento também desacelerou as quedas nas taxas respiratórias dos frutos e em seu perfil de compostos bioativos e voláteis. Um teste sensorial de diferença do controle foi conduzido com provadores treinados, os quais não conseguiram diferenciar os frutos não recobertos dos recobertos com os revestimentos desenvolvidos. O custo do revestimento também foi estimado, ficando em torno de R$ 0,13/fruto. Além disso, novas possibilidades de estudo sobre o tema foram apresentadas: a aplicação do revestimento foi combinada com a aplicação de luz em terapia fotodinâmica, e os efeitos dessa combinação sobre as propriedades dos morangos foram avaliados. Além de não alterar a qualidade dos frutos, a combinação prolongou a vida útil dos morangos e melhorou sua segurança microbiana. Em outra vertente de estudo, os chamados solventes eutéticos naturais profundos (NADES) foram utilizados como meios alternativos e verdes de extração de compostos fenólicos da casca da romã, bem como de dois outros resíduos agroindustriais de importância econômica para o estado da Califórnia (local onde essa parte do estudo foi conduzida), a casca da amêndoa e o bagaço de sabugueiro. O NADES contendo cloreto de colina e ácido lático foi o escolhido como o mais adequado para o estudo de otimização das extrações assistidas por ultrassom, para os três materiais. Este solvente apresentou melhores resultados em relação à concentração e à composição de fenólicos nos extratos, quando comparado à uma solução etanólica (60%, v/v). Tais resultados abrem novas possibilidades para o uso de NADES como carreadores de fenólicos e como agentes plasticizantes em revestimentos à base de quitosana e gelatina. (AU)

Processo FAPESP: 19/18748-8 - Composição química de morangos recobertos com biofilmes a base de extratos de casca de romã, quitosana e gelatina
Beneficiário:Mirella Romanelli Vicente Bertolo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto