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Densidade populacional e área de amostragem para a broca-do-café, Hypothenemus hampei (Ferrari), por meio de armadilhas com semioquímicos

Texto completo
Autor(es):
Fernando Zanotti Madalon
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALA/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Jose Mauricio Simoes Bento; Oliveiro Guerreiro Filho; José Roberto Postali Parra; Dirceu Pratissoli
Orientador: Jose Mauricio Simoes Bento
Resumo

Armadilhas contendo álcool tem sido utilizada para monitorar a broca-do-café, Hypothenemus hampei (Ferrari), uma das pragas mais destrutivas do café. No entanto, nenhum estudo foi dedicado a mensurar a área de amostragem efetiva dessas armadilhas, a interpretar os dados obtidos para levantamento da densidade populacional absoluta, e a testar modelos computacionais que representem a dinâmica espaço-temporal desta praga em fazendas de café. Neste estudo foram conduzidos experimentos de armadilha única e liberação múltipla em cultivo de café arábica. Com base nos resultados, foram correlacionados o número de capturas por área amostrada, que permitiu simular diferentes cenários de época de controle. Adultos de brocas-do-café marcados com pó fluorescente, foram liberados em diferentes distâncias nas quatro direções cardeais de uma armadilha de monitoramento central, contendo metanol e etanol (proporção 1:1). Apenas 2,6% dos insetos liberados foram recapturados, com as recapturas diminuindo significativamente com o aumento das distâncias de liberação. As análises de recaptura revelaram que a praga se move aleatoriamente no campo e se dispersa a no máximo 22,2 m. Apesar da pluma curta da armadilha (1,3 m), a área de amostragem calculada da armadilha foi de 0,17 ha, com uma probabilidade de captura de 0,01. Portanto, a captura de 100 brocas em uma única armadilha ha-1 na fase inicial de enchimento dos grãos de café, reflete uma população de 20,2 milhões de brocas ha-1 na colheita, resultando em uma perda projetada de grãos de 60,3 kg ha-1. As simulações, realizadas por meio de um modelo computacional, conseguiram prever satisfatoriamente os surtos da praga com base em monitoramento com armadilhas, indicando que o controle na pós-florada e imediatamente antes da maturação são os mais eficientes para manter o nível populacional da praga em menores níveis de infestação. Estas descobertas auxiliam em um melhor uso de armadilhas contendo semioquímicos e a interpretação dos dados de captura para melhorar o manejo da broca-do-café. (AU)

Processo FAPESP: 19/20179-1 - Seleção de modelo de armadilha de semioquímicos, aperfeiçoamento de atraentes e determinação do nível de controle para o manejo da Broca-do-Café, Hypothenemus hampei (Ferrari)
Beneficiário:Fernando Zanotti Madalon
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado