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O impacto de efeitos sistemáticos sobre a escada de distâncias cósmicas

Texto completo
Autor(es):
Alexandra Turmina Petreca
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Física (IF/SBI)
Data de defesa:
Membros da banca:
Edivaldo Moura Santos; Miguel Boavista Quartin; Laerte Sodre Junior
Orientador: Edivaldo Moura Santos
Resumo

O objetivo principal do presente trabalho é analisar possíveis erros sistemáticos residuais associados à determinação da constante de Hubble ($H_0$). Isso é feito investigando o problema do ponto de vista experimental, através da análise e modelagem dos dados (reais e sintéticos) utilizados como entrada no método de escada de distâncias cósmicas, e do ponto de vista teórico, propondo um novo modelo para evolução de {\\it background} do Universo. Na parte de análise e modelagem dos dados, amostras sintéticas foram geradas levando em consideração todas as características importantes dos dados reais de cefeidas e supernovas do tipo Ia disponibilizados pelas equipes SH0ES e Pantheon+. Erros sistemáticos foram adicionados a essas amostras com o intuito de verificar os seus impactos em vários parâmetros da escada de distâncias cósmicas, especialmente em $H_0$. Verificamos afirmações da literatura de que desvios da ordem de 0.5\\% nas magnitudes aparentes das supernovas são suficientes para deslocar $H_0$ em alguns $\\si{\\kilo \\meter \\per \\second \\per \\mega \\parsec}$, desde que os desvios não sejam uniformes ao longo do segundo e terceiro degrau da escada de distância, ou seja, as amostras de calibração e do fluxo de Hubble. Por outro lado, mostramos que $H_0$ e as magnitudes absolutas das cefeidas e supernovas estão fortemente protegidas contra os enviesamentos que afetam as metalicidades das cefeidas. Estudamos também o impacto de diferentes modelos de correção de cor das supernovas nos parâmetros da escada de distância. Foi dada particular atenção a um modelo em que as supernovas das amostras de calibração e do fluxo de Hubble têm diferentes inclinações de cor, uma vez que este efeito foi recentemente proposto para resolver a chamada tensão de Hubble. Os nossos resultados relativos a este efeito de inclinação de cor são inconclusivos até o momento, mas estão sendo planejados novos estudos sobre o tema. Finalmente, foi proposta uma abordagem híbrida que combina o modelo cosmológico padrão e a cosmografia para determinar $H_0$. Três ordens das chamadas séries de Padé ($P_$, $P_$ e $P_$) foram utilizadas para parametrizar a contribuição da energia escura para a evolução de {\\it background}. As restrições dos parâmetros cosmológicos foram feitas através do CosmoMC, com dados da radiação cósmica de fundo (RCF), oscilações acústicas bariônicas, relógios cósmicos e supernovas do tipo Ia. Os valores de $H_0$ resultantes dessa abordagem híbrida são consistentes com o valor obtido via anisotropias da RCF em uma cosmologia do tipo ΛCDM espacialmente plana. (AU)

Processo FAPESP: 21/13752-7 - Um método Bayesiano para a determinação da constante de Hubble
Beneficiário:Alexandra Turmina Petreca
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado