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A influência da infecção pelo vírus Oropouche na via autofágica da célula hospedeira e sua relação com a replicação viral

Texto completo
Autor(es):
Kristel Irma Gutierrez Manchay
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Luis Lamberti Pinto da Silva; Gustavo Olszanski Acrani; Clarissa Rosa de Almeida Damaso
Orientador: Luis Lamberti Pinto da Silva; Sonia Aparecida Lopes Correa
Resumo

Os membros do gênero Orthobunyavirus são agentes causadores de várias doenças em humanos, incluindo a febre Oropouche causada pelo vírus Oropouche (OROV), o qual possui significativa importância epidemiológica no Brasil e em outros países centro- e sul-americanos, como Equador, Colômbia, Panamá e Peru. OROV foi identificado como um vírus neurotrópico, enfatizando a relevância do estudo do processo infeccioso. A compreensão sobre a biologia celular dos Orthobunyavirus e suas estratégias de evasão da resposta antiviral do hospedeiro ainda é limitada. O presente estudo fornece evidências de que a infecção por OROV em células de neuroglioma humano (células H4) e células HeLa promove a indução do fluxo autofágico completo, e que elementos da maquinaria autofágica são necessários para a replicação eficiente do OROV. Especificamente, a infecção por OROV induz a geração e consumo de LC3-II e p62 durante o ciclo de replicação, e a depleção de ATG5 e ATG9 leva à redução da liberação de partículas virais infecciosas. Entretanto, o tratamento com bafilomicina, um inibidor da autofagia degradativa, no estágio final do ciclo de replicação, não compromete a replicação viral ou a redução dos níveis celulares de LC3-II induzida pela infecção. Portanto, propomos que uma forma de autofagia secretora possa estar sendo favorecida, contribuindo para a liberação viral eficiente. Consistentemente, a análise das frações de vesículas extracelulares e partículas virais provenientes da ultracentrifugação dos meios condicionados de células infectadas mostrou níveis mais elevados de proteínas autofágicas e endossomos tardios em comparação com células não infectadas. Estes resultados indicam que a via autofágica é subvertida pelo OROV para produção e propagação viral eficiente. (AU)

Processo FAPESP: 22/04533-2 - Estudo do tráfego do vírus Oropouche e sua relação com a modulação da via autofágica durante a infeção da célula hospedeira
Beneficiário:Kristel Irma Gutierrez Manchay
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado