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Comunidade ética e história na filosofia de Kant

Texto completo
Autor(es):
Nicole Martinazzo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Monique Hulshof; François Calori; Ricardo Ribeiro Terra; Bruno Nadai; Vinicius Berlendis de Figueiredo
Orientador: Monique Hulshof
Resumo

A presente tese busca investigar o sentido da formulação de Kant na Religião nos limites da simples razão segundo a qual a comunidade ética deve ter em sua base uma comunidade política (RGV 6: 94). Esta investigação é feita levando em conta que se é possível tratar a comunidade ética como o horizonte do progresso moral, então a relação entre comunidade ética e comunidade política constitui uma outra formulação do problema da relação entre progresso moral e progresso político. Entretanto, há um certo descompasso nessa relação: dado que Kant concebe que a ação moral depende da escolha de uma boa máxima pelo agente, como entender a relação entre a escolha dessa máxima e o progresso externo das instituições? A Religião apresenta uma chave de leitura para este problema, que pode ser encontrada a partir de uma análise detida da doutrina do mal radical. Isso porque Kant concebe que a radicalidade do mal está no fato dele estar localizado no fundamento de todas as máximas do sujeito, ou seja, em sua disposição (Gesinnung). A mudança na escolha das máximas do sujeito passa, sob esta perspectiva, por uma transformação radical dessa instância mais fundamental. Chama-se ao comprometimento de um sujeito com um bom fundamento às suas máximas de caráter moral. Ora, é nesse ponto que encontramos a ponte com a comunidade política. Se a comunidade política é necessária para a comunidade ética (esta entendida como reunião dos indivíduos pelas simples leis de virtude – e, portanto, indivíduos com um bom caráter moral), é porque esta proporciona condições que facilitam o progresso moral, notadamente paz exterior e boas condições de interação social. A isso se soma uma ideia central à filosofia da história de Kant, a saber, que a moralidade só é plenamente realizável em conjunto. Como resultado, delineia-se uma articulação dos âmbitos individual e coletivo da moral kantiana (AU)

Processo FAPESP: 18/01544-8 - Comunidade ética e comunidade política em Kant: uma leitura dos anos 1780 e 1790
Beneficiário:Nicole Martinazzo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado