Comunidade ética e comunidade política em Kant: uma leitura dos anos 1780 e 1790
Rousseau: a construção do Estado-nação e as organizações supra-nacionais
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Autor(es): |
Nicole Martinazzo
Número total de Autores: 1
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Tipo de documento: | Tese de Doutorado |
Imprenta: | Campinas, SP. |
Instituição: | Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas |
Data de defesa: | 2024-06-21 |
Membros da banca: |
Monique Hulshof;
François Calori;
Ricardo Ribeiro Terra;
Bruno Nadai;
Vinicius Berlendis de Figueiredo
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Orientador: | Monique Hulshof |
Resumo | |
A presente tese busca investigar o sentido da formulação de Kant na Religião nos limites da simples razão segundo a qual a comunidade ética deve ter em sua base uma comunidade política (RGV 6: 94). Esta investigação é feita levando em conta que se é possível tratar a comunidade ética como o horizonte do progresso moral, então a relação entre comunidade ética e comunidade política constitui uma outra formulação do problema da relação entre progresso moral e progresso político. Entretanto, há um certo descompasso nessa relação: dado que Kant concebe que a ação moral depende da escolha de uma boa máxima pelo agente, como entender a relação entre a escolha dessa máxima e o progresso externo das instituições? A Religião apresenta uma chave de leitura para este problema, que pode ser encontrada a partir de uma análise detida da doutrina do mal radical. Isso porque Kant concebe que a radicalidade do mal está no fato dele estar localizado no fundamento de todas as máximas do sujeito, ou seja, em sua disposição (Gesinnung). A mudança na escolha das máximas do sujeito passa, sob esta perspectiva, por uma transformação radical dessa instância mais fundamental. Chama-se ao comprometimento de um sujeito com um bom fundamento às suas máximas de caráter moral. Ora, é nesse ponto que encontramos a ponte com a comunidade política. Se a comunidade política é necessária para a comunidade ética (esta entendida como reunião dos indivíduos pelas simples leis de virtude – e, portanto, indivíduos com um bom caráter moral), é porque esta proporciona condições que facilitam o progresso moral, notadamente paz exterior e boas condições de interação social. A isso se soma uma ideia central à filosofia da história de Kant, a saber, que a moralidade só é plenamente realizável em conjunto. Como resultado, delineia-se uma articulação dos âmbitos individual e coletivo da moral kantiana (AU) | |
Processo FAPESP: | 18/01544-8 - Comunidade ética e comunidade política em Kant: uma leitura dos anos 1780 e 1790 |
Beneficiário: | Nicole Martinazzo |
Modalidade de apoio: | Bolsas no Brasil - Doutorado |