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Competição, seleção e os efeitos de gradientes ambientais na diversidade biológica

Texto completo
Autor(es):
Inês Motta Comarella
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Marcus Aloizio Martinez de Aguiar; Flávia Maria Darcie Marquitti; Carolina Reigada Montoya
Orientador: Marcus Aloizio Martinez de Aguiar; Mathias Mistretta Pires
Resumo

A biodiversidade é multidimensional e varia no espaço e no tempo em resposta à vários fatores, como à competição por recursos, à intensidade da seleção pelo ambiente e ao grau de heterogeneidade ambiental. Grande sobreposição de nicho leva à exclusão competitiva, que reduz a diversidade, enquanto pouca sobreposição de nicho leva à diferenciação de nicho e coexistência, que aumenta da diversidade. Além disso, ambientes mais estáveis permitem maior diferenciação entre as espécies, já ambientes menos estáveis levam a maior sobreposição de nicho. Enquanto gradientes ambientais permitem a coexistência numa grande escala, a partir da adaptação local das espécies. Esses três fatores atuam em conjunto na natureza e modelos teóricos permitem analisar o efeito isolado e combinado desses fatores ao longo do tempo. Elaboramos um modelo eco-evolutivo baseado no indivíduo e espacialmente explícito, baseado no proposto por Costa, Lemos-Costa et al. (2019) e de Aguiar et al. (2009) , adicionando um gradiente de seleção ambiental e competição por recursos. O modelo prediz padrões macroscópicos incluindo a riqueza de espécies no longo prazo, a distribuição de abundância das espécies, bem como a variação fenotípica intra- e interespecífica. Exploramos como essas respostas de longo-prazo dependem dos parâmetros ecológicos: intensidade da seleção ambiental, amplitude de sobreposição de nicho e grau de heterogeneidade ambiental. Observou-se que num ambiente heterogêneo, a seleção ambiental forte restringe a distribuição espacial das espécies, levando a uma riqueza de espécies intermediária, que é limitada pela própria estruturação espacial das espécies. Já em ambiente homogêneo, a seleção ambiental fraca combinada com pouca sobreposição de nicho aumenta a riqueza de espécies e a diferenciação fenotípica interespecífica no equilíbrio e diminui a diferenciação fenotípica no nível intraespecífico. Este resultado concorda com amplos padrões empíricos de alta riqueza de espécies associada a ambientes menos seletivos, que permitem maior diferenciação de nichos, e com pouca sobreposição de espécies, que promove a diferenciação de nichos (AU)

Processo FAPESP: 21/10318-4 - Influência do gradiente ambiental na especiação e nos padrões espaciais de biodiversidade
Beneficiário:Inês Motta Comarella
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado